quinta-feira, julho 3, 2025
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Tays Reis relata doença da filha e alerta pais sobre vírus

No início desta semana, a cantora Tays Reis surpreendeu seus seguidores ao relatar nas redes sociais que sua filha de dois anos, Pyetra, teria sido diagnosticada com febre aftosa — doença amplamente conhecida por atingir animais como bovinos e suínos. A declaração causou espanto e gerou dúvidas entre o público, especialmente por se tratar de uma condição extremamente rara em humanos.

A artista, que é mãe da menina com o também cantor Biel, descreveu o quadro clínico da filha como febre, irritabilidade e feridas na boca e nas mãos. “Eu nunca vi isso na minha vida”, desabafou Tays em vídeo, questionando se o diagnóstico estava correto. Horas depois, a própria cantora voltou às redes para esclarecer que, na verdade, tratava-se da síndrome mão-pé-boca — uma infecção viral comum entre crianças pequenas, especialmente em ambientes escolares.

Apesar da confusão, o caso trouxe à tona um debate necessário sobre doenças que apresentam sintomas semelhantes, mas têm origens distintas. Especialistas apontam que a febre aftosa é uma infecção viral altamente contagiosa entre animais, transmitida por contato direto com secreções, fluidos ou mesmo partículas no ar. Em humanos, os casos são considerados excepcionais e geralmente ocorrem em adultos que lidam diretamente com animais infectados, como veterinários ou trabalhadores rurais.

A síndrome mão-pé-boca, provocada geralmente pelo vírus Coxsackie, costuma acometer crianças com menos de cinco anos. Seus sintomas incluem febre, manchas nas mãos e pés e feridas na boca — quadro bastante similar ao que Tays descreveu. O Ministério da Saúde orienta que a transmissão ocorre principalmente por secreções respiratórias, saliva e fezes, tornando os cuidados com a higiene e a desinfecção de ambientes essenciais para conter surtos.

Sintomas e evolução do quadro clínico

O início da doença é marcado por sintomas inespecíficos, geralmente uma febre baixa e irritabilidade. Em seguida, surgem lesões na mucosa oral que evoluem para pequenas bolhas dolorosas. Essas vesículas se rompem, transformando-se em úlceras que causam desconforto, dificuldade para se alimentar e aumento da salivação.

“É uma infecção que gera bastante incômodo, especialmente pela dor nas lesões bucais” , explica Martim Elviro de Medeiros Junior, médico de família e professor do curso de Medicina da Faculdade Santa Marcelina, para o iG Gente.

Além da boca, manchas e vesículas também costumam aparecer nas palmas das mãos e nas solas dos pés, daí o nome da síndrome.

Tratamento e prevenção

O tratamento da síndrome mão-pé-boca é sintomático. Ou seja, não existe um medicamento específico contra o vírus — o foco é aliviar os sintomas e manter a criança confortável e bem hidratada.

“O ideal é oferecer alimentos frios e pastosos, além de garantir uma boa ingestão de líquidos. A maioria dos casos evolui bem, com melhora em cerca de uma semana. Porém, se a criança estiver imunodeprimida, apresentar piora do estado geral ou não mostrar melhora após esse período, é essencial procurar nova avaliação médica”, alerta o especialista.

Afastamento e medidas de higiene

Como a transmissão ocorre de forma rápida e silenciosa, é fundamental manter a criança afastada da escola por pelo menos sete dias após o início dos sintomas. Essa medida é necessária para evitar a propagação do vírus para colegas e educadores.

A melhor forma de prevenção continua sendo a higiene frequente das mãos, a limpeza dos ambientes e a desinfecção de objetos de uso coletivo, tanto em casa quanto nas instituições de ensino.

“Manter ambientes limpos e práticas simples de higiene são as estratégias mais eficazes para conter a disseminação da doença”, reforça Martim.

Fonte: gente.ig.com.br

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