Mika Etowski, de 26 anos, parece ter saído de um filme de aventura. Nascido em Estrasburgo, Alemanha, o jovem especialista em vida selvagem deixou a vida urbana para trás e vive há cinco anos na densa floresta de Kumana, no Sri Lanka, em busca do elefante-pigmeu — uma espécie em risco crítico de extinção. As informações são do jornal El Tiempo.
Conhecido entre pesquisadores e aventureiros como o “Tarzan da vida real”, Mika se adapta completamente à selva, vivendo em uma cabana sem eletricidade e acostumado a conviver com animais como elefantes, crocodilos e leopardos.
O jovem aventureiro recentemente chamou a atenção do biólogo e cineasta Paddy Hackett, de 21 anos, que o convidou para uma expedição às florestas remotas do nordeste de Bornéu. A missão era documentar a rara espécie de elefante-pigmeu, da qual restam menos de 1.500 indivíduos na natureza, em uma jornada registrada no documentário “O Rio Entre a Vida e a Morte”.
Hackett descreve Mika como alguém com habilidades impressionantes para sobreviver no ambiente selvagem.
“Ele não precisa de sapatos, seus pés estão calejados de tanto tempo vagando na selva. Se alguém poderia rastrear os elefantes-pigmeus, seria ele” , comenta o biólogo, destacando a experiência e a conexão do alemão com o mundo natural.
Para Etowski, a vida na floresta representa um refúgio do estresse urbano.
“A selva não se importa com quem você é. Ela desnuda você como quando nasce. Depois de alguns dias lá, você percebe o quanto os ruídos da cidade afetam seu corpo e sua mente”, explica.
Desde que decidiu abandonar a vida convencional aos 22 anos, Mika economizou dinheiro para perseguir seu sonho de viver em meio à natureza. Ele afirma que não sente falta da rotina urbana e que cada dia na selva é uma oportunidade de aprender com os animais e o ambiente ao seu redor.
Hackett, que conheceu Mika anos atrás no Sri Lanka, ressalta que o jovem aventureiro dificilmente retornará à vida civil até alcançar seu objetivo.
“Ele sempre sonhou em encontrar os elefantes-pigmeus. Já tinha visto elefantes asiáticos e africanos, mas nada se compara à emoção de encontrar essa espécie rara. Esse é o motivo pelo qual ele continua na selva” , afirma.