O Spotify, gigante do streaming, está enfrentando uma ação judicial nos Estados Unidos por causa do seu recurso Modo Descoberta .
A ferramenta, que promete mais visibilidade para artistas em troca de uma remuneração menor por stream, foi acusada de ser uma versão digital da antiga “payola” — conhecida no Brasil como “jabá” – prática de pagar para tocar que já foi proibida no rádio do país desde o caso do radialista Alan Freed (1921-1965).
As informações, publicadas pela Billboard como apresentadas pelo site Moneyhits, traz a crítica central onde o algoritmo estaria favorecendo quem aceita receber menos, criando um sistema onde a exposição depende de concessões financeiras. Para o mercado, isso levanta questões sobre transparência, concorrência e ética na distribuição de conteúdo.
Do ponto de vista financeiro, o caso é relevante. Se a justiça decidir contra o Spotify, a empresa pode enfrentar multas, mudanças regulatórias e revisão de contratos com artistas e gravadoras. Além disso, o processo reacende o debate sobre como plataformas digitais monetizam atenção e visibilidade — ativos cada vez mais valiosos.
Para investidores, é um alerta sobre os riscos regulatórios em modelos baseados em algoritmos. E para artistas, é um lembrete de que nem todo destaque vem só do talento.
À medida que o mercado exige mais clareza, o Spotify terá que provar que seu algoritmo não está desafinando com a justiça.



