Salve, salve simpatia!
Sexta- feira, hoje vamos falar de música, com aquele tom de esperança.
Em Paraisópolis, tem um som diferente ecoando entre as ruas. Não é o funk da laje, nem o samba do boteco. É o som de violinos, de vozes afinadas, de sonhos em construção. É a Orquestra Filarmônica de Paraisópolis fazendo o que faz de melhor, transformar vidas com a força da música.
Criada em 2010 pelos fundadores Gilson Rodrigues e o maestro Paulo Rydlewski, a Orquestra é muito mais que um grupo de músicos. É um projeto de vida. Uma oportunidade real para crianças, adolescentes, jovens e adultos que, muitas vezes, só precisavam de uma chance para descobrir o próprio talento, e acreditar nele.
Com aulas gratuitas, formação em instrumentos de corda, corais, teoria musical e um plano de desenvolvimento profissional, o projeto já atendeu mais de 2 mil alunos desde sua criação. Atualmente, quase 700 pessoas participam ativamente das atividades. A faixa etária? Começa a partir dos 4 anos, e não tem limite, porque sonhar não tem idade.
E o melhor:
Quem se dedica de verdade ainda recebe bolsa auxílio, porque aqui, esforço é reconhecido.
Mas o impacto vai muito além das notas musicais, tem criança que passou a tirar notas melhores na escola, adolescente que aprendeu a controlar a ansiedade, família que voltou a se reunir para assistir a uma apresentação. A música virou ponte. Virou abraço. Virou caminho.
Na quebrada, onde tantas vezes faltam oportunidades, a Orquestra mostra que a cultura pode ser a virada de chave, que é possível sonhar alto, e tocar esse sonho com as próprias mãos.
Porque favela também tem maestro, tem plateia, tem talento de sobra. E na batida do coração da periferia, a música segue firme, afinada e cheia de esperança.
A Orquestra Filarmônica de Paraisópolis carrega com orgulho o seu lema: “Construindo sonhos, transformando vidas.”
Sexta-feira é dia de favela show. E essa orquestra, com certeza, é um dos espetáculos mais bonitos que a nossa quebrada já viu.
