O Som da Concha deste último domingo (08) trouxe uma variedade de estilos musicais para a Concha Acústica Helena Meireles, em Campo Grande. O cantor Dagata se apresentou com o show “Vela, Fogo e Pavio”, enquanto a Banda V12 trouxe o espetáculo “Entre Máquinas e Nuvens”.
O cantor e compositor Dagata conta um pouco de sua experiência como o músico que estreou na primeira edição do Som da Concha, em 2008: “O primeiro Som da Concha quem inaugurou fomos nós, na primeira edição do Som da Concha quem primeiro subiu ao palco fomos nós, inaugurando o Som da Concha, então para nós é uma satisfação muito grande estar de volta. Fizemos também a edição de 2009, a gente está aqui 15 anos depois estar retornando neste espaço tão importante para a divulgação dos trabalhos musicais dos nossos artistas da música, com suas canções autorais, poder apresentar para o público de Campo Grande as nossas canções que fazem parte da nossa trajetória artística até agora”.
Para o músico de Dourados, o Som da Concha é um projeto maravilhoso que deveria se expandir para outros lugares aqui de Mato Grosso do Sul como foi feito nesta edição. “A Fundação de Cultura está de parabéns neste sentido. A gente faz aquilo que a gente sente e este cenário maravilhoso de Mato Grosso do Sul está presente nas nossas músicas como na de outros compositores também”.
Evandro Vaz, guitarrista da Banda V12, disse que fazer música autoral em Mato Grosso do Sul é muito gratificante. “Eu falo para todo mundo que o nosso Estado já é uma inspiração para todo mundo que compõe. Basta você olhar o lugar que a gente está aqui mesmo, Parque das Nações Indígenas, a gente olha para qualquer lugar da cidade dá vontade de compor. E na V12 a gente tem experiência de ter composto alguns versos das músicas viajando pelo estado de Mato Grosso do Sul. Inspiração não falta”.
A banda v12 tem ensaiado bastante para apresentar um excelente show para o público da Concha: “Já tem algum tempo que a gente gostaria de estar apresentando no Som da Concha, deu tudo certo que fosse agora, a gente conseguiu montar uma apresentação bastante consistente, que a gente já vem trabalhando há algum tempo, ensaiando, fazendo uma boa pré-produção, já levamos um pouco do que a gente faz aqui para alguns shows, então está bem testada a sonoridade, a sequência das músicas, está bastante consolidado para a gente mostrar para o público”.
Para o guitarrista da banda V12, o Som da Concha deve continuar por muito tempo ainda, difundindo a música autoral sul-mato-grossense. “O Som da Concha já é um projeto icônico aqui da nossa região, grandes artistas já passaram pelo palco do Som da Concha, neste lugar que é icônico, a gente está aí no centenário da nossa dama da música, a Helena Meirelles, é um projeto importantíssimo, a gente torce para que ele continue por muitos e muitos anos, abrindo espaço para os novos artistas e também sempre dando oportunidade para a gente que já está há algum tempo na estrada, poder também trazer nossos novos trabalhos. Essa edição que acontece em outras cidades do estado, a gente achou incrível essa iniciativa, que ela continue também. A expectativa da gente é que ele sempre continue sendo um lugar onde os artistas têm o seu espaço reservado para que a sua música autoral possa ser mostrada”.
Na arquibancada, a publicitária Renata Cibele Siqueira disse que já está habituada a vir ao Som da Concha. “Já estive domingo passado, em outros eventos também. O projeto é muito importante porque a gente acaba conhecendo novos artistas, novos trabalhos, e aqui em Campo Grande a gente sente muita falta da questão da cultura, então é um espaço que está aberto para todo mundo vir e aproveitar. Não conheço nenhum dos artistas que vão tocar, vim para conhecer, e porque é um lugar agradável, familiar, é sempre bom estar aqui”.
Mara Lúcia Bernardeli, professora, também já veio várias vezes ao Som da Concha. “Acho excelente, todos os programas que são aqui do Parque que são com artistas, seja de teatro, seja de música, a gente sempre procura assistir. Conheço os músicos que vão se apresentar, já os assisti aqui em Campo Grande e também em Dourados. Nós viemos para curtir o som do Dagata. Nós gostamos muito porque é uma música autoral. A gente sempre que pode, prestigia”.
Antonio Roberto Ribeiro Machado Júnior, servidor público, veio com a namorada Rafaela Gonçalves, estudante de Artes Visuais. Eles já vieram ao Som da Concha outras vezes, e desta vez vieram curtir a música do Dagata, que é da cidade da Rafaela. “Já vim ao Som da Concha outras vezes, acho bem legal, tem que incentivar mesmo os artistas locais, já viemos ver o show do Vosmecê, gostamos bastante, e acho que tem que incentivar a cultura local, nós temos muitos bons artistas aqui mas que não são reconhecidos”.
Texto: Karina Lima
Fotos: Daniel Reino