Interessado desde criança por cultura indígena e influenciado pela obra de Henry David Thoreau — um dos precursores do movimento ecológico —, o poeta Rudá Ventura traz em seus versos reflexões existenciais e críticas ao consumismo e à exploração dos recursos naturais.
Em tempos em que a crise climática ganha cada vez mais destaque, sua poesia em defesa da natureza se torna um chamado à consciência. “Não é aceitável que nos enxerguemos como senhores do planeta, que destruamos o meio ambiente às custas de nossos caprichos”, ressalta o autor.
Em seu novo livro, “Ária”, poemas como “Pindorama”, “90 segundos para a meia-noite” e “Dia do Fogo” ecoam a urgência de uma mudança de paradigmas e reafirmam o papel das artes na sensibilização coletiva.
“Miro a floresta em um descampado…
A cor perdida sobressai aos olhos.
Já não há árvores,
Mas ainda as vejo…
E por enxergar suas folhas
Planto minha fé em suas raízes.”
A obra reúne 102 poemas que transitam entre o material e o etéreo, entre o silêncio e a melodia, reafirmando o olhar sensível do autor sobre o nosso tempo. O lançamento ocorreu durante a Flip, em Paraty, e contará com outro evento em São Paulo, no dia 1º de novembro, das 19h às 22h, na Livraria Patuscada.
Sobre o autor
Rudá Ventura é poeta, músico e educador paulistano. Graduado em História e especializado em Ciências Humanas pela PUCRS, também é formado em Canto pela Etec de Artes.
Autor do livro “Preamar” (Laranja Original, 2017) e integrante da antologia “Encontro de Utopias” (Patuá, 2019), tem poemas publicados em revistas literárias no Brasil, Portugal e Moçambique.
Buscando aproximar a literatura do público, realiza palestras e apresentações recitadas em instituições de ensino e eventos culturais. Lançado em 2025 pela Editora Patuá, “Ária” é seu novo livro de poesia.




