Após 29 anos à frente do Jornal Nacional, William Bonner se despede do principal telejornal da Globo. O jornalista ficará no comando do telejornal até 3 de novembro, quando será substituído por César Tralli.
Renata Vasconcellos seguirá na bancada, formando a nova dupla de âncoras. A informação foi divulgada pela Globo nesta segunda-feira (1º), data que comemora o aniversário de 56 anos do telejornal.
Nesse período, dividiu a bancada com nomes que marcaram o noticiário: Lilian Witte Fibe, Fátima Bernardes, Patrícia Poeta e Renata Vasconcellos.
Lilian Witte Fibe
Primeira parceira fixa de Bonner no JN, esteve na bancada entre 1996 e 1998. Antes, atuou como repórter do próprio telejornal (desde 1982) e apresentou o Jornal da Globo, onde também comentava economia e política.
Sua passagem ajudou a consolidar a fase de transição do noticiário para o formato que ganharia força nos anos seguintes.
Fátima Bernardes
Assumiu a coapresentação em 1998 e permaneceu até 2011, formando uma das duplas mais lembradas do telejornalismo. Deixou o JN para migrar ao entretenimento, onde comandou por uma década o Encontro e participou de grandes coberturas da emissora.
Patrícia Poeta
Vinda do Fantástico, apresentou o JN de 2011 a 2014. Após o período na bancada, seguiu carreira no entretenimento, à frente de programas como É de Casa e, depois, do Encontro.
Renata Vasconcellos
Desde 2014, divide a apresentação com Bonner. Com passagens por Bom Dia Brasil e Fantástico, conduziu ao lado do âncora coberturas decisivas, de eleições a crises sanitárias, e seguirá no posto com a chegada de César Tralli à bancada.
Mudanças no jornalismo da Globo a partir de novembro
O Jornal Hoje passará a ser comandado por Roberto Kovalick, como já apontado anteriormente pelo colunista do iG Alessandro Lo Bianco , enquanto o Hora Um ficará sob a apresentação de Tiago Scheuer. As alterações fazem parte de uma reestruturação planejada há cinco anos pela direção de jornalismo.
Segundo Bonner, a decisão de deixar o JN foi amadurecida em conjunto com a emissora. Ele explicou que buscava reduzir responsabilidades executivas e ter mais tempo para a família.
“Foram cinco anos, desde a minha primeira conversa com a direção do jornalismo sobre o desejo de reduzir a carga horária e as responsabilidades exigidas pela chefia e pela apresentação do JN ”, disse.
O jornalista explicou ainda o sonho de integrar o “Globo Repórter”.
“Ser recebido pelo Globo Repórter me deixa honrado e gratíssimo. Todos os meus amigos me ouviram falar do sonho de integrar essa equipe quando pudesse deixar o JN”, afirmou.