Regina Duarte, de 78 anos, esteve no “Conversa com Bial” desta terça-feira (22) e relembrou da atuação como Secretaria de Cultura na gestão Bolsonaro (PL), entre março e maio de 2020. A atriz, que teve o nome ventilado para “Três Graças”, próxima novela das nove, não pretende voltar aos folhetins.
“Eu fui chamada pelo governo Bolsonaro para a Secretaria Especial de Cultura e fui muito defenestrada por causa disso. Bastante, mas eu não sinto mais isso. Foi um momento. Sinto que a sociedade já evoluiu e é capaz de aceitar que eu possa fazer escolhas e não tenho que seguir o evangelho A, B ou C”, pontuou.
Em relação aos próximos passos na teledramaturgia, Duarte brincou que aceitaria participar se fosse para interpretar uma personagem muda. Dessa forma, ela não precisaria decorar textos, algo que fez ao longo de muito tempo e que, hoje em dia, não quer voltar a fazer.
“Tem um personagem mudo que faz caras e bocas e através das caras e bocas transmite o que quer comunicar? Não quero mais decorar texto, fiz isso minha vida inteira, 24h por dia, 12 gravando e 12 decorando, me dá uma folga. A mudinha é uma proposta interessante”, ironizou.
Nova Raquel Acioli
A personagem de “Vale Tudo” foi uma das mais marcantes na carreira de Regina e agora é reencarnada por Taís Araujo no remake. A primeira intérprete rasgou elogios para a mulher de Lázaro Ramos e contou de uma conversa que marcou a ‘passagem de bastão’ entre elas.
“Que novelão, coisa linda, impressionante. Taís me mandou uma mensagem linda e respondi também lindamente como ela merecia e merece. Ela está muito bem, ela é uma grande atriz. Falei para ela: ‘Relaxa e se solta, se joga nessa mulher. O que a gente faz é um parque de diversões, vai brincar’. A brincadeira é falar e fazer o que você não faria nunca. A liberdade de ser outro ser, com outras convicções. Sempre tive sorte de fazer personagem muito parecido com a pessoa que meus pais criaram”, disse.