Raul Gazolla, de 69 anos, falou sobre o assassinato de Daniella Perez (1970-1992), e não escondeu sua reação à morte de Guilherme de Pádua , um dos responsáveis pelo crime. Pádua faleceu em novembro de 2022, vítima de um infarto. A declaração foi para a Veja.
“Eu agradeci ao universo e disse: ‘Poxa, o mundo respira melhor hoje. Partiu alguém que nem deveria ter nascido'”, declarou Gazolla.
Ele também mencionou o sofrimento prolongado da família: “Só agora, depois de 32 anos, vi a Glória [Perez] sorrir. Veja a dor que a gente carrega. O pai da Dani não conseguiu suportar e morreu de tristeza.”
Daniella Perez, filha da renomada autora Glória Perez, foi assassinada aos 22 anos em dezembro de 1992, com 18 golpes de punhal. Na época, ela estrelava a novela “De Corpo e Alma”, escrita por sua mãe, e era esposa de Gazolla.
Os culpados pelo crime, Guilherme de Pádua e sua então esposa, Paula Thomaz, foram condenados a 19 e 18 anos de prisão, respectivamente, mas cumpriram apenas sete anos em regime fechado antes de obterem liberdade condicional.
Defesa da prisão perpétua
Embora critique veementemente a impunidade, Gazolla afirmou não apoiar a pena de morte como política de segurança pública, mas defendeu a prisão perpétua para criminosos como Pádua.
“Assassinos como ele não podem conviver em sociedade. Se soltos, vão repetir seus crimes. Faz parte do DNA deles”, disse.
O ator foi enfático ao classificar crimes hediondos como imperdoáveis: “Não sou monge, não tenho espiritualidade para perdoar assassinos. Quem perdoa é Deus. Essas pessoas não deveriam frequentar os mesmos lugares que cidadãos honestos.”