quarta-feira, julho 9, 2025
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Professor se desculpa por comentário sobre filha de Justus

O professor aposentado da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ),  Marcos Dantas, publicou uma carta se desculpando pelo comentário feito em uma publicação envolvendo a filha do empresário  Roberto Justus  e da influenciadora  Ana Paula Siebert. O caso ganhou repercussão após Dantas escrever  “só a guilhotina” em resposta a uma foto da menina Vicky, de cinco anos, segurando uma bolsa de grife.

Em sua defesa, o professor afirmou que se tratava de uma metáfora relacionada à Revolução Francesa, sem qualquer intenção de ameaça.  “Era para ser, e continua sendo, uma simples metáfora, aliás volta e meia empregada por alguém no X (ex-Twitter). Uma referência simbólica a um evento dramático, mesmo trágico, que marcou para sempre a história da humanidade” , explicou.

Após a polêmica, o professor fechou seu perfil nas redes sociais, mas o  portal iG  teve acesso à publicação original. Na carta, Dantas dirigiu-se diretamente a Justus, afirmando que nunca pretendeu ameaçar a família.  “Se por obra desses incontroláveis fatores próprios da internet, o post lhe chegou a conhecimento e causou-lhe tantas e compreensíveis preocupações, peço sinceramente que me desculpe”, escreveu.

Reação da família Justus

O casal havia publicado um vídeo nas redes sociais condenando o que consideraram uma incitação ao ódio.  “Instigar a morte, instigar o ódio, é uma coisa inaceitável. Por isso que a gente está se pronunciando”, disse Ana Paula. Justus afirmou que acionou seu departamento jurídico para tomar as medidas cabíveis.  “Desta vez nós vamos atrás dos nossos direitos, até para dar o exemplo” , declarou.

Posicionamento da UFRJ

A UFRJ emitiu uma nota se distanciando das declarações do professor, lembrando que ele está aposentado desde 2022 e não representa a instituição. A universidade repudiou  “qualquer tipo de expressão de pensamento que incite à violência ou agrida a terceiros”.

Leia a carta na íntegra

“UMA METÁFORA TORNOU-SE AMEAÇA DE CRIME

Era para ser, e continua sendo, uma simples metáfora, aliás volta e
meia empregada por alguém no X (ex-Twitter). Uma referência
simbólica a um evento dramático, mesmo trágico, que marcou para
sempre a história da humanidade: a Revolução Francesa. Qual a causa
dessa revolução? Uma realidade de profunda desigualdade social,
alimentando o radicalismo político.

Uma imagem repito, imagem, “print” chegou-me, do jeito aleatório
que chega no X, acompanhada de um comentário de pessoa com a qual
volta e meia troco mensagens pelo X, fazendo referência a outro fato
histórico, pelos mesmos motivos igualmente violento e dramático. Eu,
inspirado na famosa frase de Maria Antonieta – “se não tem pão,
comam biscoitos” respondi com a dita metáfora. Entendo ser um
símbolo dramático que nos alerta a todos da tragédia que se pode
seguir a tanta insensibilidade social.

Sr. Justus, Nem de longe, em momento algum, passou pela minha cabeça fazer qualquer ameaça pessoal ao senhor, sua esposa ou sua filha.

Isso seria um absurdo! Aos 77 anos de idade e vida realizada,
felizmente sem motivos para complexos ou ressentimentos, sei muito
bem, política e eticamente, que não resolveremos nossos graves
problemas sociais, que o senhor certamente não ignora, através de
violência social, muito menos individual. Porém temo que se
concretize o vaticínio cantado por Wilson das Neves em seu samba
“No dia em que o morro descer e não for carnaval/ Ninguém
[inclusive eu] vai ficar pro desfile final”… Lembrar aquelas
tragédias históricas, pode servir (gostaria que servisse) para
alertar a todos quanto a situações que só estimulam, nas mentes
mais simplórias, explosões de raiva.

Repito: não tive, não tenho, não passou pela minha cabeça ameaçar
sua família. Mas se por obra desses incontroláveis fatores próprios
da internet, o post lhe chegou a conhecimento e causou-lhe tantas e
compreensíveis preocupações, peço sinceramente que me desculpe.”

Fonte: gente.ig.com.br

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