terça-feira, agosto 19, 2025
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Prefeitura de SP inicia despejo do Teatro de Contêiner, no Centro

A gestão de Ricardo Nunes (MDB) deu início nesta terça-feira ao processo de despejo do Teatro de Contêiner, na Luz. Vídeos publicados nas redes sociais de componentes da Cia. Mungunzá, gestora do espaço, mostram a polícia militar e a GCM cercando o prédio e tentando entrar no imóvel.

A ação responde a notificação de despejo emitida pela subprefeitura da Sé, que dá até quinta-feira (21) para que o espaço seja desocupado. Componentes da companhia, contudo, alegam que, ao chegarem para ensaiar, encontraram a polícia civil se posicionando e tentando evitar que entrassem no espaço.

Para responder à ação da Prefeitura, a companhia deu início a um processo de ocupação do espaço, convocando artistas e componentes da sociedade civil para comparecerem à frente do espaço e pressionar a gestão de Ricardo Nunes a aceitar a prorrogação do prazo de despejo.

O grupo pediu que uma nova data seja estabelecida para daqui a 120 dias, prazo que não foi aceito por Nunes. A prefeitura alega que já foram oferecidos dois terrenos para uma nova ocupação da companhia e que o terreno onde se encontra o teatro será utilizado para a construção de moradias populares.

Entre as alternativas dadas pela gestão de Ricardo Nunes para a mudança do teatro está um imóvel localizado na Rua Helvética, entre a alça de acesso ao Minhocão e a Transmissora de Energia Central Paulistana S.A. De acordo com a companhia, há ruídos muito altos e constantes no terreno devido o funcionamento da subestação de energia e do tráfego constante de veículos, o que inviabilizaria o desenvolvimento de atividades teatrais.

A prefeitura não se manifestou sobre a viabilidade do imóvel. A Mungunzá também alega que há um cronograma de apresentações e eventos a serem cumpridos até o final do mês de dezembro, patrocinados pela 41ª edição do Programa Municipal de Fomento ao Teatro, financiado pela própria prefeitura. Uma mudança brusca inviabilizaria cumprir o prazo exigido pelo edital.

APOIO PÚBLICO

O Ministério da Cultura enviou um ofício à prefeitura solicitando a prorrogação do prazo por mais 180 dias para que o Teatro de Contêiner possa encontrar um novo espaço. No texto, o órgão federal alega que a “preservação de todos esses bens exige planejamento técnico e logístico para sua desmontagem, transporte e reestruturação. Nesse sentido, o prazo de 15 dias mostra-se absolutamente inexequível, uma vez que não garante a integridade do equipamento e de seus bens, impondo prejuízos irreparáveis tanto ao grupo responsável quanto à sociedade”.

Considerado um dos principais espaços culturais da cidade, o Teatro de Contêiner recebeu apoio de nomes como Mateus Solano, Emicida e Isabel Teixeira, entre outros. A atriz Fernanda Montenegro chegou a publicar uma carta em suas redes sociais endereçada ao prefeito Ricardo Nunes na qual destaca a relevância e importância da companhia e do espaço.

Os artistas da companhia alegam que o Secretário Municipal de Cultura e Economia Criativa, José Antônio Silva Parente, conhecido como Totó Parente, não abriu diálogo com o grupo e nem tampouco se movimentou para buscar uma solução de comum acordo. Em um post nas redes do grupo, a alegação é que “Totó lavou as mãos”.

O QUE DIZ A PREFEITURA

Procurada nesta terça-feira (19), a prefeitura não se manifestou até a publicação desta reportagem.

Fonte: gente.ig.com.br

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