domingo, julho 6, 2025
InícioEntretenimentoPaulo Rosenbaum - Términos Inacabados - Episódio 31

Paulo Rosenbaum – Términos Inacabados – Episódio 31

IlustraçãoDesenho do autor

Episódio 31

Ingmar, o policial da Interpol recebeu um telefonema e imediatamente se deslocou para o local onde ocorrera o sinistro. Jerusa, Ficci já haviam sido direcionados para o pronto socorro.

Enquanto o caminhão os conduziu para o atendimento Afanes permaneceu por algum tempo no local tentando entender o que poderia ter, de fato, acontecido. Recolheu alguns pertences do carro capotado e acomodou, como Jerusa havia recomendado os dois baus com livros, ao lado da estrada.

Temendo qualquer registro policial, o motorista com o qual disputou a direcao do veiculo deixou o local quase furtivamente. Afanes notou que um pouco adiante no trevo de entrada para acesso à uma estrada havia um  carro estacionado no acostamento com os três elementos olhando a cena à distância.

‘São os caras’, certeza.

Afanes despistou sua vigilância visual e ligou para buscar auxilio, e então soube que não tinha a quem recorrer.

Chamou um taxi sabendo que poderia ter que ficar esperando muito pois estavam no acesso para uma estrada e a noite já acontecera.

Foi quando Ingmar chegou sozinho numa viatura sem identificação e foi logo abordando Afanes. 

— Boa noite, sou Ingmar, interpol” e sacou um documento qualquer. 

Afanes ficou imovel tentando pensar em respostas não comprometedores. Já havia tido problemas com a policia durante sua militância e toda a situação de confornto lhe veio a cabeça. 

‘Perdeu a lingua chê’

‘Lingua esta aqui, a cabeça ainda estou procurando’

‘O Sr. é testemunha?’

‘Não sou religioso”

O policial não compreendeu a ironia de Afanes e engrossou. 

‘Ah espirituoso, ou temos um espertinho, vou repetir o Sr. viu o que aconteceu aqui? Para onde foram as pessoas que estavam neste carro? Por que não chamaram a ambulância?’

‘Prezado policial?’ 

‘Ingmar’

‘Pois então Ingmar, quando cheguei já haviam levado as vítimas’

‘Sabe os nomes?’ e sacou um caderninho para anotar os nomes. 

‘Não sei’

Ingmar notou que Afanes tentava encobrir sua visão para que ele não visse os baús”

‘E essas malas? Pertencem às vítimas?’

Afanes balbucionou algo

‘O que?’

‘Minhas. São malas minhas’

O policial aproximou-se, afagou a própria calvície, afastou Afanes com o braço, e depois de uma inspeção superficial declarou’

“Estão confiscadas’

‘Com qual autoridade?’

‘Com a minha autoridade’

Continua 

Fonte: gente.ig.com.br

VEJA TAMBÉM

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Mais Matérias

Comentários