quinta-feira, maio 8, 2025
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Oficinas, saraus, contação de histórias; FAS promove imersão na diversidade cultural

Serão quatro dias de intensa valorização cultural. Entre 15 e 18 de maio o 18º Festival América do Sul levará a Corumbá múltiplas atrações. Além da música, teatro e artes visuais, o evento contará com programação especial: oficinas, saraus, contação de histórias e rodas de conversa que mergulham em nossa diversidade cultural. Tudo gratuito.

Organizada pela Gerência de Patrimônio Histórico e Cultural da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, a programação é tradição no Festival América do Sul e celebra a literatura, sabores, saberes e fazeres, a arte e a pluralidade de nosso estado.

Com a beleza marcante de Corumbá como cenário, os eventos, ocorrem em diferentes locais: IFMS, Tenda dos Saberes, Moinho Cultural Sul-Americano, Escola Municipal Ângela Maria Perez, Biblioteca Heloísa Urt, Casa da Memória Sebastião Brandão, Iphan e Porto Geral.

Confira a programação de vibrantes trocas culturais movidas pela arte organizadas pelo Patrimônio Histórico e Cultural da FCMS:

Oficinas

O Festival América do Sul mais uma vez abre espaço para troca de experiências e novos conhecimentos em diferentes áreas da cultura.

Na “Oficina de Estilização de Perucas para Cosplay”, realizada em 15 de maio por Laísa Okami, quem tem interesse em fantasias, desfiles e até mesmo uso diário poderá desenvolver a prática criativa. Com técnicas básicas de estilização, modelagem com calor, coloração e estruturação de perucas para cosplay. Ideal para quem quer começar ou aprimorar suas habilidades no universo da caracterização, com dicas valiosas para transformar qualquer peruca simples em uma obra de arte e até mesmo ter uma renda extra.

Dia: 15 de maio (quinta)

Horário: 9h às 11h e 13h30 às 15h30

Local: IFMS

“Obra reunida de Lobivar Matos como patrimônio Cultural de Mato Grosso do Sul”, que acontece dia 16 de maio, é uma oficina que transita pela obra e legado do escritor e intelectual brasileiro dos anos de 1930. Serão apresentadas pela Prof. Dra. Susylene Dias de Araújo passagens e momentos interessantes de sua trajetória literária, repleta de poesia que ecoa a voz dos menos favorecidos, característica de um artista altamente preocupado com as mazelas sociais de seu tempo.

Dias: 16 de maio (sexta)

Horário: 14h às 8 horas

Local: IFMS

Oficinas, saraus, contação de histórias; FAS promove imersão na diversidade cultural

Professora Susylene Dias de Araújo / Foto: Raquel de Souza

Vivência Curureira

A Viola de Cocho é um bem cultural registrado como Patrimônio Cultural desde 2005, envolvendo saberes e conhecimentos tradicionais como artesanato, técnicas de escolha e de entalhe em madeira, musicalidade, dança, festividade, religiosidade e vivência do povo pantaneiro. Fazem parte das ações de salvaguarda deste bem cultural a preservação e transmissão de conhecimentos relativos ao seu modo de fazer, bem como o complexo cultural que envolve o cururu e o siriri.

Na Sala da Memória Mestre Sebastião Brandão – primeiro espaço cultural do estado dedicado exclusivamente à salvaguarda da viola de cocho – o Mestre Curureiro Sebastião abre suas portas para mostrar a tradição da viola de cocho neste evento que contará com a presença de curureiros convidados residentes em Corumbá e Ladário, com roda de cururu, contação de “causos” e histórias, visita à exposição da Sala e à oficina onde são produzidas violas de cocho, além da apresentação de uma tradicional roda de cururu com muita festividade e alegria. O evento também contará com o lançamento do livro “O Borco e a Furna – ensaios arqueológicos e patrimoniais sobre o bem cultural viola de cocho e a sociedade pantaneira” do pesquisador Yuri Zacra.

Dia: 17 de maio (sexta)

Horário: 14h30 às 18h30

Local: Casa da Memória Sebastião Brandão

Sebastião Brandão / Foto: Daniel Reino

Rodas de Conversa

Com foco no conhecimento sobre as comunidades indígenas da região pantaneira, a fauna e a flora que encantam o mundo, as rodas são voltadas para todos.

No Cantinho da Criança, a roda “Animais do Pantanal com Cores Ancestrais” desenvolverá por meio de conversa e pintura a cultura dos povos indígenas e sua relação com a natureza. O debate é ilustrado com projeções de imagens e atividades lúdicas.

Já na roda “Quem Eu Sou? Meu Traço Indígena”, adolescentes de 11 à 17 anos irão refletir sobre identidade e ancestralidade por meio de grafismos inspirados na cultura indígena.

Dia: 16 de maio (sexta)

Horário: 14 horas

Local: Tenda dos Saberes

Em “Mulheres Indígenas – Tradição em Movimento: Tecendo Saberes no Algodão Cru”, a arte, memória e a força feminina são celebradas por meio da pintura. A roda de conversa discute símbolos femininos na cultura das etnias presentes.

Dia: 17 de maio

Horário: 10 horas

Local: Tenda dos Saberes

Foto: Maurício Costa Júnior

Contação de Histórias

Mais uma vez presente no Festival América do Sul, a contação de histórias promove os saberes de nossa cultura. Com a participação de Ciro Ferreira, reunirá apresentações, capacitação e um encontro de contadores de histórias com os narradores de Corumbá.

No repertório de histórias estão Maneco Caneco Chapéu de Funil e muitas outras, que navegam pelo lúdico e pelo fantástico.

Dia: 16 de maio (sexta)

Horários: 10h e 16h (R. Mal. Deodoro, 2185- Jardim dos Estados)

Cio Ferreira / Acervo FCMS

Quebra-Torto

Pantaneiro em seu jeito, multicultural pela própria diversidade que acolhe. Música, contação de causos, lançamentos editoriais e debates em um espaço de grande beleza. Tudo isso com o gosto da culinária regional e sua deliciosa fartura. O Quebra-Torto com Letras mais uma vez revela traços especiais de nossa cultura e do folclore de todas as regiões do Estado.

Foto: Muriel Xavier

No primeiro dia (16 de maio) três grandes nomes da literatura e da arte contemporânea se reúnem para dialogar sobre a construção de personagens à margem da sociedade, os atravessamentos da violência simbólica e estrutural e as formas de resistência e afeto que emergem nas narrativas contemporâneas: Marçal Aquino, um dos autores mais reconhecidos da literatura brasileira contemporânea com obras como O amor e outros objetos pontiagudos, Faroestes e Famílias terrivelmente felizes. É vencedor de diversos prêmios, entre eles o Jabuti; Henrique Pimenta, mestre em Estudos Literários, atua como professor há quase três décadas e é autor dos livros 99 sonetos sacanas e 1 canção de amor (2012), Ele adora a desgraça azul (2016), vencedor do Prêmio Guavira Edição Especial MS 40 anos e Alcácer-Quibir (2019); Marlene Mourão (Peninha), artista visual, cronista e escritora, conhecida por seu trabalho em bico de pena, aquarelas e pela criação da personagem Maria Dadô, publicada semanalmente no Diário Corumbaense. Publicou Azul dentro do banheiro, Pacu era um peixe que vivia feliz nas águas do rio Paraguai e Um altar para as valorosas sandálias do Frei Mariano.

Já no dia 17 de maio o Quebra-Torto recebe Paulo Lins, romancista, poeta, roteirista e professor, um dos principais nomes da literatura brasileira contemporânea. Ganhou projeção internacional com Cidade de Deus (1997), adaptado com sucesso para o cinema, Desde que o samba é samba (2012) e dos livros de poesia Sobre o sol (1986) e Era uma vez… Eu! (2014). Atuou como roteirista nas produções Quase dois irmãos, Faroeste Caboclo e Subúrbia; Isloany Machado, escritora com múltiplas atuações no campo literário, autora de obras como Voo Solo, Costurando Palavras, Em defesa dos avessos humanos, Nau dos Amoucos e do livro infantil As pessoas viram estrelas? Como?; Henrique Medeiros, jornalista, publicitário, editor e escritor com ampla atuação na cena cultural de Mato Grosso do Sul. Publicou livros de poesia e prosa, como O Azul Invisível do Mês Que Vem, Que as dores se transformem em cores, Palavras correndo atrás de textos e a biografia David Cardoso – Memórias do Rei da Pornochanchada. Também é coautor de obras sobre artes plásticas e cultura regional, com trabalhos publicados no Brasil e na França.

Dias: 16 e 17 de maio (sexta e sábado)

Horário: 8h às 10h30

Local: Moinho Cultural Sul-Americano

Quebra-Torto / Foto: Muriel Xavier

Debates / Patrimônios Culturais

A salvaguarda de bens imateriais que formam a identidade de Mato Grosso do Sul estão na pauta dos encontros, que promovem debates sobre a cultura e pertencimento.

No dia 17 de maio (sábado) será realizado debate acerca da sustentabilidade da prática e do ensino da capoeira, seu papel no contexto das políticas culturais e econômicas, legislação – marco Legal, salvaguarda, registros patrimônios, participação e organização, economia da cultura criativa e solidária economia da capoeira, experiências e iniciativas.

Já a Cultura Afro é tema do debate que ocorre dia 18 de maio (domingo), uma troca intergeracional sobre identidade, tradição e pertencimento, conectando saberes acadêmicos e ancestrais na construção de políticas culturais de valorização da afro-brasilidade.

Dias 17 e 18 de maio (sábado e domingo)

Horário: 15h às 17 horas.

Locais: Capoeira (Iphan) e Cultura Afro (Porto Geral).

Foto: Álvaro Rezende

Fonte: www.fundacaodecultura.ms.gov.br

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