Considerado um dos maiores sabistas brasileiros, Arlindo Cruz terá seu velório marcado por música, dança, canto e bebida, do jeito que desejou. A cerimônia, estilo gurufim, acontece neste sábado, às 18h, na quadra do Império Serrano, no bairro de Madureira, na Zona Norte do Rio de Janeiro.
A festa da morte
Gurufim é uma expressão popular mais conhecida na região Nordeste, para se referir a algo que está no auge e é denotando algo que é considerado de alta qualidade.
Já a cerimônia no estilo gurufim é uma tradição que foi trazida para o Brasil por africanos escravizados. Esse ritual funerário tem como costume celebrar com música, dança e bebida, para aliviar o luto, celebrar o tempo que a pessoa permaneceu na Terra e homenagear quem partiu.
Morte do artista
Arlindo morreu na última sexta-feira (08) de infecção generalizada. Ele estava internado desde abril no hospital Barra D’Or, na Zona Oeste do Rio. A causa da morte foi falência múltipla dos órgãos.
Conhecido pelas composições que exaltavam a cultura afro-brasileira, o cantor, compositor e instrumentista ganhou destaque no samba e colecionou canções que se tornaram hits no mundo da música.
Recentemente, enfrentou um quadro de pneumonia e foi internado no Centro de Terapia Intensiva (CTI) do Hospital Barra D’Or, no Rio de Janeiro. Além disso, tratava as sequelas de um AVC (Acidente Vascular Cerebral), sofrido em 2017. O famoso também era traqueostomizado.
O sambista deixa esposa Babi Cruz e dois filhos: Arlindinho e Flora.