Nos últimos 15 dias, foram cadastradas 7.801 Carteiras de Identidade da nova versão em Mato Grosso do Sul. O número soma as emissões de quem estava com atendimento agendado e também de funcionários que participaram da fase de teste do sistema.
Segundo o diretor do Instituto de Identificação Gonçalo Pereira, Márcio Cristiano Paroba, cerca de 600 pessoas tiveram problemas no CPF e por isso, não tiveram o documento aceito.
Isso ocorre porque, agora, o RG só é emitido depois da troca de informações com bases nacionais; caso o cidadão tenha alguma irregularidade no CPF, por exemplo, o cadastro é negado.
Por isso a recomendação é para que antes de agendar a ida a qualquer posto de identificação do estado, a pessoa consulte o próprio CPF. Quem já teve o RG negado só vai descobrir isso no dia em que for buscar o documento, já que não há divulgação de nomes antes disso.
O que mudou
Lembrando que a primeira emissão do novo documento é grátis para todo mundo, mesmo para quem tinha a versão anterior – que, aliás, vale até 2032 e, por isso, não há necessidade de correr para emitir o novo documento.
Os agendamentos são realizados pelo site da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp).
Todos que vão emitir a nova Carteira de Identidade pela 1ª vez devem selecionar a opção “Expedição de Documentos – Carteiras de Identidade – 1ª emissão”, isso para o sistema não gerar boleto.
Porém, caso selecione a opção “2ª emissão” e o boleto de 4 Uferms (hoje, R$ 189,60) for gerado, a orientação é não fazer o pagamento.
A partir de agora, o CPF (Cadastro de Pessoa Física) será o número principal do documento. A pessoa também pode acrescentar que é doador de órgãos, entre outras mudanças. Veja só:
O documento adota o mesmo código internacional utilizado em passaportes, o MRZ (Machine Readable Zone);
Será possível verificar a autenticidade do documento através de um QR-CODE, e dados como extravio ou furto do documento também estará disponível;
Para ser mais inclusivo e representativo, o novo documento não terá distinção entre o nome social e nome do registro civil, com a adição do campo nome social.
O novo documento reduz a probabilidade de golpes e fraudes envolvendo o mesmo, que juntamente com a unificação nacional do sistema, não será possível ter um número de RG por estado, além do CPF;
A emissão será fisica e digital (com acesso pelo aplicativo Gov.br).
A forma de emissão também passa a ser um pouco mais burocrática. Por isso, o prazo para o documento ficar pronto passa a ter 10 dias a mais (25, no total).
Uma das coisas que contribui para a demora da emissão é a troca de informações com bases nacionais. O número de CPF, por exemplo, é enviado à Receita Federal, que tem prazo de 72 horas para informar se o cidadão está com as informações em dia, ou não.