terça-feira, maio 13, 2025
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“Muda o nome, a dor é a mesma

Salve, salve, simpatia!

Hoje é terça-feira, dia de falarmos da saúde do povo das periferias. E quando o assunto é saúde pública, não dá pra fingir que está tudo bem. A dor está nas ruas, nos corredores dos hospitais, nas casas das nossas mães, avós e vizinhas que seguem esperando por atendimento digno.

No Brasil, quem envelhece precisa ter coragem, não só para suportar o peso dos anos, mas o abandono do Estado.

Na semana passada, foi contada a história de Dona Maria Aparecida, moradora da zona sul de São Paulo. Há três anos, ela caiu no banheiro de casa. A perna inchava, doía, mas no Hospital do Campo Limpo disseram que “não era nada grave”. Ela foi mandada de volta para casa, mesmo com dores intensas e sem conseguir andar direito. O exame só veio quando a família, com muita dificuldade, pagou por um raio-x particular. O diagnóstico? Fratura grave. Mesmo assim, não houve cirurgia, não houve cuidado, apenas a velha promessa de que ela seria chamada.
Três anos se passaram, a dor ficou, a esperança foi se apagando…

Hoje, o nome muda, mas o abandono é o mesmo. Roselene Evangelista dos Santos, de 53 anos, também moradora da zona sul, luta há dois anos por um tratamento completo no Hospital Dia M’Boi Mirim I, no Jardim Ibirapuera. Sofre com uma lesão no joelho, dores crônicas, limitações físicas e psicológicas. E o que recebe em troca? O mesmo silêncio, a mesma espera.
A mesma promessa: “A senhora vai ser chamada.”

É preciso dizer com todas as letras:

O povo está sofrendo para ter acesso a um direito constitucional. O povo está morrendo na fila da saúde pública.
Muda o nome, muda o hospital,mas a dor e o descaso são os mesmos!

Enquanto os números são maquiados em relatórios oficiais, a realidade grita nas periferias. O que se vê são filas intermináveis, diagnósticos tardios, pacientes sendo obrigados a pagar por exames( em hospitais particulares) que o SUS deveria oferecer. Isso não é um caso isolado. Isso é rotina, isso é sistema!

Procurada, a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP) enviou a seguinte nota:

“A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP) esclarece que a regulação para atendimento de média e alta complexidade no SUS é realizada via Sistema Informatizado de Regulação do Estado de São Paulo (SIREG), por meio de critérios médicos e de forma regionalizada.

A Central de Regulação de Ofertas e Serviços de Saúde (CROSS) regula os atendimentos de urgência e emergência para serviços de referência, conforme o quadro clínico apresentado e disponibilidade dos serviços da rede de saúde.”

Mas quem vive a dor não vê sistema, vê descaso, quem sente a espera não vê regulação, vê abandono.
E quem precisa de cirurgia urgente, vê a vida passar, sem resposta, sem prioridade.

Até quando o povo brasileiro vai precisar suplicar por saúde?
Até quando vamos aceitar que o tempo do SUS é mais cruel que a dor de quem sofre?

O alerta está dado:
Hoje é Dona Maria, a Sra. Roselene, amanhã pode ser você.

Fonte: gente.ig.com.br

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