terça-feira, novembro 11, 2025
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Marcos Oliveira, o Beiçola, fará cirurgia para corrigir hérnia

Marcos Oliveira, conhecido nacionalmente por interpretar o Beiçola na série A Grande Família, está prestes a passar por uma cirurgia para corrigir uma hérnia que se desenvolveu devido ao uso de uma bolsa de colostomia. Aos 69 anos, o ator foi visto recentemente usando esse dispositivo, que é fundamental para pessoas que precisam desviar o trânsito intestinal, seja por doenças, cirurgias ou outras condições que impedem a eliminação natural das fezes.

A bolsa de colostomia é um equipamento acoplado à pele do abdômen, ligado a uma abertura chamada estoma, por onde as fezes passam quando o intestino não consegue eliminá-las pelo caminho habitual. De acordo com o coloproctologista Danilo Munhóz, “a função da bolsa é simples, porém essencial: permitir que o corpo continue descartando os resíduos de forma segura e higiênica. Ela substitui a saída pelo ânus quando o reto ou o esfíncter não podem ser usados, protegendo a pele ao redor, reduzindo odores e devolvendo ao paciente autonomia para manter sua rotina, trabalhar, sair de casa e conviver socialmente”.

Embora o uso da bolsa seja um recurso que muitas vezes salva vidas e devolve qualidade à rotina dos pacientes, o especialista alerta para uma possível complicação comum em alguns casos: a hérnia paraestomal.“Com o tempo, alguns pacientes podem desenvolver uma hérnia ao redor do estoma. Isso acontece quando parte do intestino ou do conteúdo abdominal empurra a parede enfraquecida ao redor da abertura, gerando um abaulamento que pode causar dor, desconforto estético e dificuldade para fixar a bolsa”, explica Munhóz.

Vários fatores podem contribuir para o surgimento da hérnia, como idade avançada, fraqueza da musculatura abdominal, obesidade, tosse crônica, esforço físico intenso, constipação, infecções e até a técnica cirúrgica utilizada na criação da colostomia. “Quando a hérnia começa a causar problemas importantes, como dor intensa, vazamentos frequentes da bolsa ou risco de encarceramento do intestino — que é uma emergência médica —, a cirurgia corretiva se torna necessária”, afirma o médico.

O procedimento consiste basicamente em recolocar o conteúdo herniado para dentro da cavidade abdominal e reforçar a parede enfraquecida ao redor do estoma.  “Na maioria dos casos, utilizamos uma tela cirúrgica, um material que funciona como um suporte interno para fortalecer a musculatura e reduzir as chances de a hérnia voltar. A cirurgia pode ser aberta ou minimamente invasiva, dependendo do tamanho da hérnia, das condições clínicas do paciente e da experiência da equipe médica”, acrescenta.

Além disso, em situações específicas, quando a colostomia é temporária e o quadro clínico permite, a cirurgia corretiva pode aproveitar o momento para reverter a ostomia, reconstruindo o trânsito intestinal natural e eliminando a necessidade da bolsa.

Após o procedimento, os cuidados são fundamentais para garantir a recuperação e prevenir novas complicações. O paciente deve evitar esforços físicos, como levantar peso ou fazer atividades intensas, especialmente nas primeiras semanas. “É importante também cuidar da alimentação para evitar a constipação, manter a bolsa leve e bem fixada para não forçar a parede abdominal, e utilizar cintas ou faixas de sustentação quando indicadas”, orienta o especialista.

Danilo Munhóz destaca que tanto o uso da bolsa de colostomia quanto a correção cirúrgica da hérnia são procedimentos que, quando feitos com informação, acolhimento e técnicas modernas, permitem que o paciente leve uma vida ativa, independente e com qualidade, mesmo diante das dificuldades impostas por doenças graves.



Fonte: gente.ig.com.br

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