O ator Marcelo Faria revelou nesta sexta-feira (19) que foi diagnosticado com herpes-zóster. Aos 53 anos, ele usou as redes sociais para relatar a experiência e incentivar a participação popular em uma consulta pública da Conitec sobre a incorporação da vacina contra a doença no SUS.
O depoimento foi divulgado em vídeo no Instagram. O ator contou com que enfrentou dores intensas e explicou a importância de o imunizante chegar à rede pública.
“ Vim compartilhar com vocês uma experiência que eu vivi na pele. Eu tive o herpes-zóster. Foi inesperado. Foi doloroso e me marcou bastante ”, disse.
Na gravação, Marcelo explicou o funcionamento da consulta e reforçou que qualquer pessoa pode enviar opinião. Ele destacou que a análise atual é para aplicação em pessoas acima de 80 anos e adultos imunocomprometidos.
“ No meu caso, eu tive logo ao completar 50 anos de idade. Foi uma dor intensa. Eu descobri na prática mesmo como que essa doença pode impactar na nossa vida. E muita gente por aí também pode estar correndo esse risco ”, afirmou.
A Conitec abriu a consulta pública na quarta-feira (17). A avaliação considera a possível inclusão da vacina Shingrix, da farmacêutica GSK, no Programa Nacional de Imunizações. O relatório preliminar da comissão, no entanto, foi contrário à incorporação por causa do alto custo.
Mesmo com valor reduzido para o governo, cada dose sairia a R$ 403,30. O esquema completo exige duas aplicações e, em cinco anos, a estimativa é de R$ 5,2 bilhões para imunizar 1,5 milhão de pessoas.
Na rede privada, cada dose custa em torno de R$ 800, o que eleva o tratamento para cerca de R$ 1,6 mil. A vacina foi aprovada no Brasil em 2022 para pessoas acima de 50 anos e imunossuprimidos a partir dos 18.
O herpes-zóster, popularmente chamado de cobreiro, é causado pela reativação do vírus varicela-zóster, o mesmo que provoca catapora. A condição pode gerar dores intensas e atinge com maior frequência pessoas acima dos 50 anos ou com baixa imunidade.
Segundo dados dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC), uma em cada três pessoas pode desenvolver a doença ao longo da vida.