Jennifer Lawrence revelou recentemente à Vulture, durante uma sessão de perguntas e respostas após a exibição de Morra, Amor (2025), que sente uma diferença notável ao trabalhar com uma diretora, em comparação com um diretor. Morra, Amor foi dirigido por Lynne Ramsay. Outras cineastas que trabalharam com Lawrence, incluem: Debra Granik ( Inverno da Alma), Jodie Foster ( Um Novo Despertar), Susanne Bier ( Serena) e Lila Neugebauer ( Passagem).
“Percebi uma característica comum, entre as diretoras: elas não têm essa mania de dirigir demais”, observou a vencedora do Oscar. “Houve momentos em que trabalhei com diretores homens que sentiam essa necessidade constante de estar dirigindo o filme. E isso nem sequer levava a lugar nenhum. Era simplesmente irritante. Quando penso em autor, minha mente logo pensa em controle e… qual é a palavra? Neurótico!”
“E Lynne era o oposto”, continuou Lawrence. “Ela realmente construiu esse mundo e garantiu que todos estivéssemos na mesma página, através da música, das conversas, da atmosfera e do cenário. E, então ela simplesmente se afastava lentamente. E, às vezes, do desconforto disso, da falta de visibilidade dela, algo interessante surgia. Aí então ela voltava e dizia: ‘Isso é ótimo, ótimo, sim, façam de novo.’ Ou, nós ríamos sem querer e dizíamos: ‘Ah, desculpe.’ E ela respondia: ‘Não, foi ótimo. Gostei que vocês riram. Façam de novo.’”
Morra, Amor, é baseado no romance homônimo de Ariana Harwicz, de 2012, é estrelado por Jennifer Lawrence, como uma mulher que mergulha em psicose, em meio a um casamento sem amor, após o nascimento de seu filho. Robert Pattinson, LaKeith Stanfield, Nick Nolte e Sissy Spacek também estão no elenco.
A diretora Lynne Ramsay contou à Vulture, que seu estilo de direção no filme, nasceu do desejo de que os atores se sentissem livres no set.
“Adoro trabalhar com atores. Quando você realmente confia um no outro, algo mágico, simplesmente acontece”, disse Ramsay. “Então, às vezes, eu deixava a cena se estender. Há um certo desconforto nisso. É como se pensassem: ‘O que diabos fizemos, agora?’. Mas aí, às vezes, algo acontece. Dei a eles espaço naquela casa para explorarem, entrarem e saírem. Havia uma cena em que Grace está entediada em casa e tem aquele cesto de roupa suja, e eu não pedi para ela derrubá-lo com o dedão do pé, mas há uma certa raiva nisso.”
Morra, Amor estreia nos cinemas brasileiros, em 27 de novembro, pela Mubi.




