O Encontro Estadual de Gestores de Cultura de Mato Grosso do Sul teve continuidade na tarde desta quinta-feira (6). O evento, que ocorre no Teatro Aracy Balabanian do Centro Cultural José Octávio Guizzo, em Campo Grande, tem como objetivo apresentar as principais diretrizes da cultura para o ano de 2025, promovendo a troca de experiências entre os gestores municipais da cultura.
Eduardo Mendes, diretor-presidente da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, falou sobre o MS Cultural, que é um hub e que dentro dele acontecem várias situações, diretrizes da cultura, é um hub para os grandes eventos. “Eventos como o MS ao Vivo, a carreta que a gente quer movimentar, que é o Cultura em Movimento, os grandes festivais, mostrar para eles toda a gama de eventos que a gente tem, que Mato Grosso do Sul engloba dentro do MS Cultural. A importância é que ou os gestores entrem nos programas ou usem da sua criatividade para, através de outras formas de arrecadação, como leis de incentivo, e também empresas privadas, possam criar nas suas regiões ou nos seus municípios eventos grandiosos também para gerar fluxos turísticos, fluxos de renda, a gente tem o envolvimento do artesanato, da economia criativa, das artes, podendo fazer um hub de ações, trazendo benefícios não só para a cidade mas também para os seus munícipes”.
Zito Ferrari, chefe da Diretoria de Difusão Cultural da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, falou um pouquinho sobre o que é cultura e sobre alguns projetos que serão desenvolvidos este ano de 2025. “Eu acho que a gente tem que ter um alinhamento com os gestores municipais, o estado está aqui para isso, para desenvolver os projetos juntamente com os municípios e este alinhamento tem que acontecer, ele depende muito não só dos municípios, como também do governo do Estado, e o governo do Estado, por meio da Fundação de Cultura, propicia este encontro justamente para que a gente possa se atender, para que a gente possa saber qual é o nosso papel não só no município, mas também no estado como gestor de cultura. Falei alguns projetos que serão desenvolvidos este ano, que a gente vai desenvolver durante o ano de 2025”.
Israel Aparecido da Silva Júnior Zayed, vice-presidente do Conselho Estadual de Políticas Culturais, falou no sentido de que os novos gestores possam estabelecer relações com o Conselho Estadual de Políticas Culturais. “A ideia neste momento de acolher esses novos gestores é de subsidiá-los a construir as suas políticas localmente. Há uma discussão em nível nacional e estadual também e em nível municipal existem grandes desafios. Às vezes diz respeito à gestão, às vezes à organização da sua legislação municipal, às vezes no mapeamento, como descobrir quem é o artista, como descobrir como fomentar público, formação, profissionalização, são esses os vários aspectos que trazem aqui a ideia do Encontro de Gestores. O Conselho Municipal entra com essa ponte, de tentar articular e capacitar a sociedade civil e gestores públicos para a condução e a construção de suas políticas localmente, e aí adquirirem emancipação tanto no aspecto legal quanto no aspecto econômico, e aí a gente trabalha numa perspectiva mais democrática da gestão das políticas para a cultura”.
Valdecir Amorim integra o Fórum Nacional dos Conselheiros Estaduais (Conecta) e coordena o Centro-Oeste no Fórum Nacional. Ele falou da importância do papel do Fórum Nacional dentro do Governo do Estado, da parceria da Fundação de Cultura junto ao Fórum Nacional e sobre os avanços que nós foram observados nestes quase dois anos em que esteve representando o estado de Mato Grosso do Sul. “O primeiro passo foi ter um representante do estado no Conselho Estadual dentro do Fórum Nacional. Agora nós vamos começar a abranger a partir deste ano os conselheiros municipais, para eles tomarem entendimento do papel do Conecta que tem um papel importante do Conselho Municipal estar ali inserido no contexto do município para que venham participar também do Fórum Nacional”.
Caroline Garcia de Souza, coordenadora do escritório estadual do Ministério da Cultura em Mato Grosso do Sul, abordou as políticas nacionais de cultura e como elas estão planejadas para serem realizadas nos territórios. “A ideia é poder transmitir essa série de políticas públicas voltadas para a cultura que o governo federal está trazendo desde a retomada do MinC agora em 2023. O Ministério da Cultura foi reconstruído e trouxe um conceito muito importante tendo a cultura como uma estratégia de desenvolvimento para o país. Eu vou trazer informações sobre essas leis, como que elas se efetivam em cada uma das cidades, como que é importante os princípios, os valores dessas leis, que esses gestores precisam estar antenados a respeito para poder fazer um bom uso e beneficiar toda a população”.
A superintendente de Economia Criativa, Luciana Azambuja, falou sobre a importância da atuação dos municípios na pauta da economia criativa, a importância dos gestores que são da área da cultura deles se apropriarem desse tema, o impacto socioeconômico da economia criativa para as comunidades e para as cidades. “A gente precisa contextualizar o que é economia criativa e como atuar na economia criativa, quais ações práticas e efetivas que o município pode fazer para fortalecer a economia criativa, para se aproximar desses criativos, artesãos e artistas dos seus municípios. O objetivo maior da economia criativa é fazer a inclusão social por meio da diversidade cultural, a gente precisa gerar renda, gerar emprego, movimentar a economia dessas pequenas comunidades e pequenos arranjos produtivos. A gente vai iniciar um diálogo com os gestores de cultura, aproveitando este belíssimo evento da Setesc e da Fundação de Cultura, para que a gente possa abrir essas portas e estreitar essa ponte tão necessária entre cultura e economia criativa. A Setesc, por meio da Superintendência de Economia Criativa, está realizando um mapeamento de criativos para que a gente tenha a informação de quantos são, onde estão e em que área atuam, para que a gente possa fazer política pública com base em indicadores e bases estatísticas reais. Se a gente não sabe quantos são e onde estão, eu não tenho como mensurar a importância de levar as políticas para o interior, então este mapeamento vai servir para a gente ter um diagnóstico, um panorama da economia criativa em Mato Grosso do Sul”.
Texto: Karina Lima
Fotos: Daniel Reino