Símbolo da resistência e da memória sul-mato-grossense, o centenário Forte Junqueira, em Corumbá, foi cenário, neste sábado (17), de solenidade que uniu história, cultura e música, como parte da programação do FAS (Festival América do Sul) 2025.
Às margens do Rio Paraguai, em Corumbá, o local histórico recebeu a visita do governador Eduardo Riedel, do secretário de Estado de Turismo, Esporte e Cultura, Marcelo Miranda, do diretor-presidente da FCMS (Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul), Eduardo Mendes, do prefeito de Corumbá, Gabriel Alves, e de mais autoridades, que foram recebidas pelo general José Fernandes Carneiro dos Santos Filho, comandante da 18ª Brigada de Infantaria de Pantanal.
Durante a solenidade, os visitantes conheceram os espaços do Forte e assistiram à apresentação da Banda de Música do 17º Batalhão de Fronteira, também conhecida como Banda do Batalhão Antônio Maria Coelho. O repertório foi composto por músicas tradicionais da região pantaneira, como a emblemática “Chalana”, interpretadas em meio às muralhas que guardam parte importante da história do Brasil.
Construído entre 1871 e 1872, após o término da Guerra do Paraguai, o Forte Junqueira foi idealizado como estrutura de defesa estratégica em uma região de fronteira. Com suas paredes espessas de pedra calcária e uma série de canhões ingleses voltados ao rio, o espaço nunca chegou a ser usado em combate, mas cumpriu seu papel de proteção e presença militar no território. Tombado pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) em 2014, o forte é um dos principais patrimônios históricos do estado.
“O Forte Junqueira faz parte da história de Mato Grosso do Sul. Trazer para dentro dessa construção a apresentação de músicas regionais pela banda do Exército, durante o Festival América do Sul, também nos dá a sensação de pertencimento e proximidade da nossa cultura”, afirmou o governador Eduardo Riedel.
Para o secretário Marcelo Miranda, a programação no Forte evidenciou a integração entre cultura, turismo e identidade. “Trazer o Festival América do Sul para um espaço como o Forte Junqueira é uma escolha que carrega significado. Não estamos apenas ocupando um monumento histórico, estamos resgatando e valorizando as raízes da nossa identidade. Mato Grosso do Sul tem uma história rica, marcada por resistência, diversidade e integração cultural”.
O diretor-presidente da Fundação de Cultura, Eduardo Mendes, reforçou a importância simbólica do local para a cultura do estado. “É um monumento que representa um momento histórico do país e também a formação da nossa identidade regional. Nossa ideia foi, no Festival, ao ocupar esse espaço, trazer nova vida à memória que ele carrega”.
Representando o Exército Brasileiro, o general de brigada José Fernandes Carneiro dos Santos Filho lembrou do valor histórico e estratégico do Forte para a região. “É um lugar de grande significado para o Exército e para o Brasil. Preservar e valorizar esse patrimônio é manter viva a memória daqueles que contribuíram para a consolidação do nosso território”.
Já o prefeito de Corumbá, Gabriel Alves, ressaltou o simbolismo do Forte Junqueira como um dos marcos mais importantes da cidade e comemorou sua integração ao Festival. “Temos um tesouro aqui em Corumbá que é o Forte Junqueira, testemunha da nossa história e da formação da fronteira brasileira. É um espaço que buscamos valorizar dentro do Festival América do Sul e é motivo de orgulho para todos nós corumbaenses. É a nossa história sendo contada e vivida por novas gerações, com cultura, música e reconhecimento”.
O Festival América do Sul segue com uma programação diversa, democratizando o acesso à arte e à cultura em todos os cantos da cidade. Para mais informações, acesse o perfil oficial da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul no Instagram (@fundacaodeculturams).
Lucas Castro – ASCOM/FAS 2025
Fotos: Saul Schramm