Na histórica e bela Corumbá, arte e natureza se incorporam mais uma vez. São mais de 96 atrações culturais gratuitas que valorizam a integração Brasil e América Latina e vão até domingo (18). Realizado pelo Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, por meio da Fundação de Cultura, com apoio da Prefeitura Municipal, o Festival América do Sul vai além dos grandes palcos e alcança diversos espaços da cidade.
Tendas, escolas, praças, associações e tablados se transformam em cenários de expressão artística, reforçando a pluralidade de produções e identidades. O FAS valoriza a arte negra e indígena, a infância e percorre bairros periféricos de Corumbá, cidade marcada por sua diversidade cultural. Entre as atividades, nesta quinta-feira (15), foi realizada uma oficina de estamparia na Escola Municipal Dr. Cássio Leite de Barros, levando arte e cultura aos alunos da rede pública.
Juliane Gamboa, de 30 anos, mora em Corumbá há 11 anos. Professora de redação, ela ministra oficinas de estamparia desde 2016 e explicou a técnica utilizada com as crianças. “Hoje fizemos uma oficina usando a técnica de estêncil. Existem duas formas de trabalhar: criando o estêncil ou utilizando modelos prontos. Como se tratava de crianças, optamos pelo estêncil pronto, já que a confecção envolve materiais como estilete. A primeira vez que dei essa oficina foi na UFMS, para adultos do curso de pedagogia, e desde então venho sendo convidada para aplicá-la em escolas”, contou.
Juliane destacou ainda a diferença entre trabalhar com adultos e com o público infantil:
“Com crianças é sempre muito divertido. Elas ficam encantadas com o resultado. Quando tiram o estêncil e veem o desenho, se surpreendem: ‘Olha, tia, ficou igual!’. Já os adultos têm uma noção do que esperar, então não se impressionam da mesma forma. Com as crianças, a oficina é sempre muito especial.”
Quem também participou da atividade foi Elisabete Antonia de Oliveira, de 65 anos, professora de artes aposentada, que ressaltou a importância do momento:
“O objetivo de hoje foi compartilhar conhecimento com as crianças. Foi gratificante ver o interesse e a vontade que elas demonstraram em aprender. Trabalhamos com moldes prontos, e os desenhos que mais chamaram a atenção foram os de animais e personagens, como o Pikachu.”
O Festival América do Sul segue com uma programação diversa, democratizando o acesso à arte e à cultura em todos os cantos da cidade. Para mais informações acesse o site Fundação de Cultura – e @fundaçãodeculturams no instagram.
Bel Manvailer – Ascom FAS 2025
Fotos: Ricardo Gomes – Ascom FAS 2025