domingo, agosto 10, 2025
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Faustão e a fila de transplantes: entenda como funciona

O apresentador Fausto Silva, de 75 anos, foi submetido a dois procedimentos nesta semana no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo: um novo transplante renal e um transplante de fígado. As cirurgias ocorreram em sequência, com órgãos provenientes de um mesmo doador, conforme informou o boletim médico divulgado pela instituição.

Segundo o hospital, a equipe foi acionada pela Central de Transplantes do Estado de São Paulo assim que houve a identificação da compatibilidade. A nota explica que Faustão estava internado desde 21 de maio, após desenvolver uma infecção bacteriana que evoluiu para sepse — condição grave caracterizada por uma resposta inflamatória generalizada do organismo.

Durante a internação, o apresentador passou por tratamento intensivo de controle da infecção e por um programa de reabilitação clínica e nutricional para estabilizar o quadro de saúde. O novo transplante renal já estava previsto há cerca de um ano, mas a oportunidade coincidiu com a necessidade de substituição do fígado, permitindo a realização dos dois procedimentos de forma próxima. O hospital não divulgou detalhes sobre a recuperação do paciente.

Faustão recebeu seu primeiro transplante de rim em fevereiro de 2024, após dois meses na fila de espera. Antes disso, em agosto de 2023, foi submetido a um transplante de coração devido a insuficiência cardíaca. Na época, familiares afirmaram que ele já enfrentava problemas renais antes mesmo da cirurgia cardíaca, agravados pelo uso de medicamentos imunossupressores — essenciais para evitar rejeição, mas que podem sobrecarregar os rins.

No Brasil, a fila de transplantes é única e regulada pelo Sistema Nacional de Transplantes (SNT), que leva em conta não apenas a ordem de cadastro, mas também fatores como tipo sanguíneo, compatibilidade física e genética e gravidade clínica. Pacientes em estado crítico, com risco iminente de morte ou rejeição de um órgão recém-transplantado, têm prioridade. No caso de Faustão, o tipo sanguíneo B limitou a seleção de possíveis receptores para o mesmo rim doado.

A legislação brasileira permite que doadores vivos ofereçam um rim, parte do fígado, pulmão ou medula óssea, desde que haja parentesco até o quarto grau ou vínculo conjugal. Quando não há relação familiar, a autorização judicial é obrigatória. Mesmo assim, o caso do apresentador envolveu órgãos provenientes de doador falecido, seguindo os protocolos da Central de Transplantes paulista.

Fonte: gente.ig.com.br

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