Falas de Acesso, nova edição do especial televisivo Falas, irá ao ar nesta segunda-feira (22), logo após o reality musical Estrela da Casa. O início é previsto para às 23h05. Pequena Lo e Tata Mendonça foram escaladas para a apresentação na Globo.
“Eu acho que é uma representatividade muito grande. E eu estou muito feliz também de ter sido uma das escolhidas para estar atuando e falando sobre isso. Porque eu, mais que ninguém, quando comecei, não tive essa referência. Não tinha acesso a esses programas com pessoas como eu”, diz Pequena Lo.
“Eu acho que as pessoas a vida inteira tentaram entender como lidar comigo. E o humor explicou para elas que o jeito que elas lidavam comigo era muito engraçado. Eu acho muito legal que a gente traz isso para as pessoas. O quanto é, de uma forma bizarra e engraçada, toda essa distância de uma pessoa com deficiência. Somos todos iguais e, acima de tudo, todos nós temos as nossas particularidades, características, e elas não podem nos definir, assim, tão cruelmente”, acrescenta Tata.
Humor
Neste ano, a veia cômia será utilizada para debater o estigma e o preconceito contra PcDs (pessoas com deficiência). Acessibilidade e inclusão também serão um dos principais eixos desta edição do programa.
O comediante Vini Santos, a escritora Amanda Soares, e o ator Gigante Leo também são presenças confirmadas para ampliar as discussões relacionadas ao tema. A direção artística da atração fica a cargo de Matheus Malafaia.
“O programa vai tratar de temas de capacitismo, de falta de acesso, de falta de inclusão, de falta de sensibilidade e, acima de tudo, do tanto que a gente tem que, todos os dias, acordar para explicar quem somos. Como que tem que lidar com a gente, como se fôssemos pessoas extremamente estranhas e que não merecíamos estar nos mesmos lugares que outras pessoas que não têm deficiência”, antecipa a apresentadora Tata Mendonça.
Pequena Lô ainda refletiu sobre a escolha do umor para esta versão do “Falas de Acesso”. “É diferente rir comigo e rir de mim. São duas coisas bem diferentes! Então, quando eu falo de mim, eu sei o meu limite, do meu humor e até onde eu posso me zoar. Quando alguém vem para me zoar, é com um tom mais grotesco. Quando eu faço uma situação de humor com capacitismo, ele provoca várias reações nas pessoas. Eu acho que uma delas é a dúvida se a pessoa pode rir ou não, do que está sendo falado ali”, conclui.