José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, mais conhecido como Boni, revelou que proibiu o uso de cigarro em novelas da Globo durante os 30 anos em que esteve à frente da emissora. A única exceção foi um personagem de Vale Tudo (1988), que fumava intensamente e morreu.
Segundo Boni, a decisão não teve origem em uma aversão pessoal, apesar de ele afirmar que nunca fumou e detesta o cheiro do cigarro. O motivo foi o impacto social que a televisão exerce sobre os telespectadores. “O cigarro é uma coisa terrível”, disse. O objetivo era evitar que os personagens normalizassem o hábito e, assim, influenciassem negativamente o público.A exceção citada pelo ex-diretor da Globo foi o personagem Rubinho, vivido por Daniel Filho na versão original de Vale Tudo. “Se o personagem fumasse e tivesse uma doença grave, ou até pudesse morrer, tudo bem. Como aconteceu na novela Vale Tudo, em que o compositor e pianista fuma e acaba morrendo”, justificou. No caso de Rubinho, o pianista e compositor fumava em excesso e teve um desfecho trágico.
Criticou vape
Além de relembrar sua política contra o cigarro tradicional, Boni aproveitou o vídeo para alertar sobre os riscos dos cigarros eletrônicos. “Agora, eu li um artigo da Dra. Analice Gigliotti, minha amiga, na revista Veja Rio, que condena o uso do vape. É pior. O vape é uma tragédia”, relatou. “Espero que nunca apareça o vape em nenhuma novela”, afirmou.