Escambo UBU Erê chega ao Instituto Livres com teatro e oficinas

Projeto traz teatro e oficina a partir do espetáculo “Pelega e a Porca Prenha”

Depois de passar pela Aldeia Urbana Marçal de Souza, o projeto Escambo UBU Erê – Festival para Infância e Juventude chega ao Instituto Livres, nesta terça-feira (10), às 15 horas. A apresentação do espetáculo “Pelega e a Porca Prenha – Episódio: A Mata do Pequi” será realizada na sede do Instituto, localizada na Rua Quincas Nogueira, 300 – Vila Nogueira, em Campo Grande. A classificação é livre e a entrada gratuita.

Com apoio da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS), da Setesc e do Governo do Estado, o projeto é financiado pelo edital Funarte Retomada 2024, bolsa Funarte Myrian Muniz de Teatro, do Governo Federal, por meio do Ministério da Cultura (MinC). A realização é do Grupo UBU, que une teatro, cultura popular e brincadeiras em uma proposta voltada à infância e juventude.

“É indiscutível a necessidade de dar acesso à arte cênica para as crianças e adolescentes da periferia da nossa cidade. A arte educa, transforma e é libertadora. Ver um espetáculo como o do UBU aqui, com tanto cuidado e sensibilidade, é emocionante”, afirma a coordenadora do Instituto Livres, Professora Rô.

Segundo Rô ações como essa reforçam o papel social da cultura. “É extremamente importante os investimentos do Governo Federal na cultura. Ainda que não alcance todos que estão na ponta, o simples fato de favorecer jovens artistas, promovendo financeiramente projetos que conscientizam, que contam histórias que se confundem com a realidade de crianças pobres, pardas, pretas e indígenas, é louvável”.

Com o olhar de educadora, ela ainda complementa que “os bairros descentralizados são esquecidos. Esse público não tem acesso a uma sala de teatro com todo o seu glamour. O teatro móvel é uma ferramenta incrível em que todos podem ter acesso, se sentir importantes numa sociedade que, a cada dia, precisa mais de justiça e equidade. A importância do Projeto UBU está na sua missão: fazer a diferença. Arte é vida, e todos precisam dela”.

O diretor do Grupo UBU, Anderson Bosh, reforça que o objetivo do projeto é exatamente esse de chegar onde normalmente os espetáculos não chegam. “Campo Grande tem comunidades vivas, com saberes e com cultura. Nada mais justo que esses territórios estejam incluídos em projetos culturais. O ‘UBU Erê’ percorre esses espaços oferecendo experiências artísticas com qualidade e afeto”.

A peça “Pelega e a Porca Prenha” mistura realidade e fantasia para provocar reflexões sobre a natureza, o pertencimento e a cultura popular. Além das apresentações, o projeto oferece bolsas de formação em produção, mediação e logística cultural, formando novos agentes na Capital.

A circulação do Escambo UBU Erê segue até outubro, passando por territórios indígenas, quilombolas e periféricos, promovendo o acesso à arte e o fortalecimento dos vínculos comunitários por meio do teatro.