segunda-feira, julho 21, 2025
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Entre o rap e o samba: os caminhos de NUNEZ em 'Karavana'

No álbum Karavana , o cantor NUNEZ constrói uma identidade musical que transita livremente entre o rap, o samba e outros elementos da música brasileira contemporânea, sem abrir mão da originalidade.

Em entrevista ao iG, o artista reflete sobre o processo criativo por trás do disco, que mistura experimentação sonora com um discurso afetivo e filosófico sobre viver com coragem e autenticidade.

Para ele, o fio condutor está justamente na liberdade de criar sem amarras — uma busca por modernizar o passado e apontar novos caminhos para o futuro.

Com letras que tratam de fé, medo, superação e alegria, o disco se propõe como uma carta aberta aos tempos atuais — e NUNEZ não hesita em mergulhar nas próprias vivências para dar forma a esse manifesto.

Parcerias com nomes de peso, como Los Brasileros e Skeeter Beats, ajudaram a lapidar a sonoridade do projeto, enquanto sua própria jornada pessoal deu o tom intimista das faixas. Ao abrir mão de rotinas exaustivas e priorizar conexões verdadeiras, ele transformou o individual em algo coletivo: uma obra que convida o ouvinte a refletir sobre o sentido da vida em meio ao caos cotidiano.

NUNEZ, sua sonoridade flerta com várias vertentes da música brasileira. Qual o fio condutor que une tudo isso em “Karavana”?

NUNEZ: “Meu som é fruto de muitas referências. Eu gosto de explorar diversas sonoridades da nossa cultura, tenho mais influências do rap e do samba, mas acredito que é justamente essa busca por ser original — por não ter medo de errar, por ter coragem de criar sem copiar ninguém e fazer a minha própria onda — que me levou a encontrar uma identidade única nesse disco. Eu gosto dessa mistura, quero modernizar o passado para revolucionar o futuro de uma forma original”

O álbum parece uma carta de intenções. Que verdades você precisava registrar nesse trabalho?

NUNEZ: “Acho que cada faixa do disco representa um pouco dos sentimentos envolvidos no processo de viver com intensidade em tempos difíceis. As letras falam sobre coragem, positividade, fé, autoconfiança, amor, medo, originalidade, alegria, entre outros. Acredito que são temas necessários para se falar em 2025, temas com os quais também convivo. Muita gente está perdida; a forma como vivemos está mudando muito rápido, e acho que o disco vai servir como uma bela reflexão para acalmar as mentes pensantes que escutarem o trabalho por completo”

Como a experiência com produtores renomados como Los Brasileros e Skeeter Beats ajudou a elevar o disco?

NUNEZ: “Faz toda a diferença trabalhar com produtores experientes, que, além de tirarem um som absurdo em poucos minutos, ainda conseguem te guiar e direcionar na composição, na intenção da voz, no flow, na melodia… tudo! Foi muito gratificante trazer os Los Brasileros e o Skeeter Beats para o disco. Sou fã dos caras, e acho que eles também se amarraram no som que fizemos juntos!”

Você fala de “viver as próprias loucuras” e seguir com coragem. O que isso significa na sua vida hoje?

NUNEZ: “Significa aproveitar a vida ao máximo enquanto há tempo, tentar realizar meus sonhos, correr atrás do que muitos acham ser impossível, provar a mim mesmo que sou capaz, ignorar a opinião dos outros. É sobre acreditar em um propósito e viver com intensidade”.

Como foi trazer a história pessoal para o centro do álbum e ainda assim criar algo tão coletivo?

NUNEZ: “A corrida pelo dinheiro nos torna solitários, e eu ressignifiquei muita coisa na minha vida nos últimos anos — inclusive abrir mão do dinheiro para poder viver mais tempo com a família, os amigos, comigo mesmo, me doar mais à minha arte. Então, acho que, de certa maneira, o disco se torna coletivo porque faz as pessoas refletirem sobre suas próprias vidas também”

Fonte: gente.ig.com.br

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