quinta-feira, janeiro 30, 2025
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Com recursos da Lei Paulo Gustavo, Projeto Olubayo estreia neste sábado na Comunidade Quilombola Águas do Miranda, em Bonito

O projeto “Olubayo – Cinema nas Comunidades Quilombolas” inicia suas atividades neste sábado (1º), com a primeira sessão de cinema ao ar livre na Associação Comunidade Negra Rural Quilombola Águas do Miranda, em Bonito, a partir das 19h. A iniciativa, idealizada pelo grupo TEZ (Trabalho Estudos Zumbi), leva a magia do cinema para comunidades quilombolas do Mato Grosso do Sul, promovendo momentos de cultura, reflexão e reconexão com a ancestralidade. Este projeto foi aprovado em edital da Lei Paulo Gustavo do MinC (Ministério da Cultura), promovido pela FCMS (Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul), por meio do Governo do Estado de MS.

“Quando o cinema chega até os quilombos, ele não só diverte, mas reafirma uma história de luta e ancestralidade. A comunidade se vê, se reconhece e se fortalece por meio dessas narrativas, que mostram que a população negra tem uma voz potente e urgente dentro do audiovisual brasileiro”, destaca Bartolina Ramalho Catanante, a professora Bartô, uma das idealizadoras do projeto.

Olubayo, que faz parte das comemorações pelos 40 anos do grupo TEZ (Trabalho Estudos Zumbi), busca democratizar o acesso ao cinema, exibindo filmes de cineastas negros que abordam temáticas como resistência, identidade e valorização da cultura afro-brasileira. Após cada sessão, serão realizados debates com os moradores, promovendo uma rica troca de experiências e reflexões sobre as histórias e temas retratados nas obras.

A potência de narrar nossas próprias histórias

Raylson Chaves, diretor do filme “Águas”, que integra a programação, celebra a oportunidade de apresentar seu trabalho em uma comunidade quilombola. “Levar meu filme às comunidades quilombolas do Mato Grosso do Sul é reafirmar que nosso cotidiano importa muito e está cheio de histórias. Possibilitar que as pessoas vejam a Dona Janice romper com a ideia de que mulheres negras precisam se dedicar ao trabalho incansavelmente é potente e transgressor. Ela traz essa urgência de um futuro onde podemos dizer ‘não’ e ficar em paz com isso. Quando nossas histórias são feitas por nós, criamos caminhos possíveis para todos os corpos negros”, afirma.

Além de “Águas”, serão exibidos outros 4 curtas-metragens. São eles: “Fábula da Vó Ita”, de Joyce Prado; “Bonita”, de Mariana França (nacionais); “Luzes Debaixo”, de Tero Queiroz; e “Jardim de Pedra – Vida e Morte de Glauce Rocha”, de Daphyne Schiffer (Mato Grosso do Sul). Todas as obras foram produzidas por cineastas negros.

Uma celebração aos 40 anos do grupo TEZ

O projeto Olubayo marca um momento especial na história do grupo TEZ, que em 2025 celebra quatro décadas de luta e resistência. Fundado em 1985, o grupo foi a primeira entidade do movimento negro no Mato Grosso do Sul, atuando no combate às desigualdades sociais e promovendo a valorização da história e cultura afro-brasileira. Ao longo de sua trajetória, o TEZ inspirou outros movimentos negros e consolidou seu papel como referência na luta por ações afirmativas e políticas públicas.

Mais informações sobre as próximas sessões serão divulgadas no perfil oficial do projeto no Instagram do projeto (@olubayo_cinemanegro).

Com informações da Assessoria

Fonte: www.fundacaodecultura.ms.gov.br

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