Cissa Guimarães voltou a falar sobre a morte do filho, Rafael Mascarenhas, que morreu em julho de 2010, aos 18 anos. O jovem foi atropelado enquanto andava de skate em um túnel que estava fechado, na Zona Sul do Rio de Janeiro.
“É a pior dor do mundo, é a coisa mais difícil. Tem dias que estou um pano de chão velho”, comentou a atriz, em participação no ” Sem Censura “, da TV Brasil. O programa foi ao ar nesta sexta-feira (18), dia em que foi homenageada pelo aniversário de 68 anos.
No relato, Guimarães confessou não saber lidar com a morte do filho caçula: “Não é uma coisa que ‘aprendi e está tudo tranquilo. Aliás, essa palavra, ‘superação’, me dá um pouquinho de irritação”.
“Não vou superar. Não pretendo ter a veleidade de superar a amputação que foi a passagem do meu filho. Tenho um coração amputado, sou uma mulher amputada. Tenho a certeza de que nunca mais serei 100% feliz, mas acho que posso ser 70% e vou correr pra caramba atrás disso, porque essa é minha missão aqui”, avaliou.
Essa busca pela felicidade, inclusive, é motivada e dedicada a Rafael Mascarenhas: “Meu filho me ensinou muito durante a vida dele, com seus 18 anos de idade e [ainda] me ensina. Todos os dias agradeço a ele a pessoa que eu sou. […] Não perdi nada, eu só ganhei. Ganhei 18 anos do maior amor do mundo”.
Cissa também ressaltou a importância dos filhos, João Velho e Tomás Velho, e netos, José, Aurora e Filipa, além dos amigos. O relato levou os atores Bárbara Paz e Ernesto Piccolo, também convidados, às lagrimas.
Rafael Mascarenhas foi atropelado no Túnel Acústico, que une a Gávea ao Túnel Zuzu Angel, em direção a São Conrado. O túnel foi rebatizado e hoje leva o nome do rapaz. O atropelador, Rafael Bussamra, foi condenado a três anos e seis meses por homicídio culposo, sem intenção de matar. Roberto Bussamra, pai dele, deve cumprir três anos e 10 meses por corrupção – ele pagou R$ 10 mil para corromper PMs que estiveram na cena do atropelamento.