Programação contou com roda de capoeira e cortejo do Cordão Valu
A Praça do Rádio, bem no centro de Campo Grande, foi tomada por muita brasilidade na tarde deste sábado (05). É que a apresentação do grupo de capoeira Conterrâneos e a passagem do bloco do Cordão Valu exaltaram as raízes da cultura brasileira durante o Festival Campão Cultural.
Professor de capoeira há 30 anos, Mestre Liminha é um dos pioneiros da capoeira infantil em Mato Grosso do Sul toca um projeto que proporciona aulas de capoeira para crianças e adolescentes dentro do ambiente escolar. Manoela, de 5 anos, é uma das alunas do Mestre, e que arrastou o pai, o servidor público Victor Gordin, de volta para as aulas e as rodas de capoeira. “Comecei a fazer [capoeira] na escola, e meu pai já tinha feito antes. Daí nós fomos pra academia do Mestre. A parte que eu mais gosto é jogar na roda”, contou, um pouco tímida.
O grupo formado por cerca de 30 pessoas de diferentes idades fez uma apresentação repleta de acrobacias e gingado. Reflexo dos muitos benefícios que a prática da capoeira proporciona. “Além de ser um esporte, trabalha o lado musical e artístico, a coordenação motora, a percepção e a agilidade; é um trabalho em grupo também, que ajuda na socialização e na inclusão. Tudo isso vai influenciar pro resto da vida dela. Estou muito feliz de ter esse espaço no Campão Cultural para representar a única manifestação popular brasileira, que deveria ser inserida em todos os festivais e editais do Brasil”, defendeu Mestre Liminha.
Cordão Valu
O tradicional Cordão Valu também marcou presença com seu cortejo, que levou marchas, frevos, sambas e maracatus para a Praça do Rádio. Idealizado em 2006 por Silvana Valu e Jefferson Contar, o bloco arrasta foliões ano a ano para mostrar que o Carnaval de rua e a rua são de todos. “Quando a gente fala em Campão Cultural, a gente está falando de uma cidade viva, de uma cidade pulsante, de uma cultura representativa. E aí a gente tem as várias manifestações. Os blocos de rua estão dentro dessas manifestações importantíssimas que dão vida à cidade. E não pode dar vida à cidade só no Carnaval, porque a gente fica com saudade. Então é muito legal, muito importante que a gente consiga também participar desse festival que traz esse movimento todo pra cidade”, declarou Silvana.
Texto Bianca Bianchi
Fotos Altair Santos
