quinta-feira, outubro 30, 2025
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Cantor Lô Borges passa por traqueostomia e estadode saúde é grave

O cantor e compositor Lô Borges, de 73 anos, está internado desde o dia 18 de outubro em um hospital de Belo Horizonte, após ser diagnosticado com intoxicação medicamentosa.
O seu estado de saúde é delicado, mas familiares informaram à Rádio Itatiaia em 29 de outubro que ele apresentou melhoras.
“Apesar do quadro ainda ser delicado, ele teve uma noite tranquila sem intercorrências”, informou a nota enviada à emissora. “Continuamos crendo em sua plena recuperação”, completou a família.
O artista mineiro passou por uma traqueostomia para estabilizar o quadro respiratório, já que vinha enfrentando dificuldades para respirar.
Lô Borges, nome artístico de Salomão Borges Filho, nasceu em Belo Horizonte em 10 de janeiro de 1952. Sexto de 11 irmãos do casal Maricota e Salomão Borges, ele se tornou um nome importante da música popular brasileira.
Cantor, compositor e instrumentista, ele foi um dos fundadores do lendário Clube da Esquina, movimento que transformou o cenário musical do país na década de 1970, ao misturar influências do rock, do jazz e da MPB.
Em parceria com Milton Nascimento, ele lançou o clássico álbum “Clube da Esquina”, de 1972, considerado um dos maiores discos da história da música brasileira.
A trajetória de Lô começou ainda na juventude, quando ele se reunia com amigos nas esquinas do bairro Santa Tereza, em Belo Horizonte, para tocar, cantar e conversar sobre música.
Aos 18 anos, prestes a servir o Exército, o destino do jovem compositor mudou quando Milton Nascimento o convidou para se mudar para o Rio de Janeiro e gravar um disco em parceria.
A convivência entre os dois artistas resultou na gravação de “Clube da Esquina”, pela EMI-Odeon, que traz composições como “O Trem Azul”, “Tudo que Você Podia Ser” e “Um Girassol da Cor do Seu Cabelo”. Entre os compositores do icônico álbum, há ainda Márcio Borges – irmão de Lô -, Ronaldo Bastos e Fernando Brant.

No mesmo ano de 1972, Lô Borges lançou seu primeiro trabalho solo, o icônico “Disco do Tênis”, apelidado assim por trazer na capa a imagem de um par de tênis surrados do próprio artista.
Apesar do sucesso, Lô decidiu se afastar temporariamente da carreira logo após o lançamento e embarcou em uma fase de liberdade e autoconhecimento, viajando pelo Brasil e vivendo um período de vida simples e nômade.
O retorno à música ocorreu em 1978, quando participou do álbum “Clube da Esquina 2”. No ano seguinte, lançou o disco “A Via Láctea”, consolidando sua sonoridade delicada e poética.
Nas décadas seguintes, ele manteve um ritmo mais discreto de produção, com quatro discos lançados, até retomar o destaque no início dos anos 2000.
A parceria com Samuel Rosa e Nando Reis na canção “Dois Rios”, gravada pelo Skank, marcou sua reaproximação do grande público. Em seguida, lançou o álbum “Um Dia e Meio”, de 2003, retomando o vigor criativo que o consagrou.
Em 2011, Lô lançou “Horizonte Vertical”, trabalho que contou com participações de Fernanda Takai, Milton Nascimento, Samuel Rosa, Nando Reis, Márcio Borges e Ronaldo Bastos.
Anos depois, voltou aos palcos em parceria com Samuel Rosa no registro ao vivo “Samuel Rosa e Lô Borges – Ao Vivo no Cine Theatro Brasil”. Em 2017, revisitou sua história ao apresentar na íntegra o “Disco do Tênis” em uma série de shows comemorativos.
A influência de Lô Borges ultrapassa fronteiras. Em 2018, Alex Turner, vocalista do Arctic Monkeys, citou o músico mineiro como uma de suas inspirações para o álbum “Tranquility Base Hotel e Casino”.
Em 2019, Lô retomou uma parceria com Nelson Angelo com o álbum “Rio da Lua”, resultado de uma troca de letras e ideias feita à distância, por mensagens de WhatsApp e e-mails. No ano seguinte, lançou “Dínamo”, um disco de inéditas produzido em ritmo acelerado, com letras do poeta Makely Ka e participação de Samuel Rosa.

Em 2021, o artista lançou o disco “Muito Além do Fim”, em parceria com seu irmão Márcio Borges. Dois anos depois, veio “Não Me Espere na Estação”, em parceria com o letrista César Maurício. O trabalho, indicado ao Grammy Latino na categoria “Melhor Álbum de Rock ou Música Alternativa em Língua Portuguesa”, reafirmou sua vitalidade artística.
No mesmo ano, sua trajetória foi celebrada no documentário “Lô Borges – Toda essa Água”, dirigido por Rodrigo de Oliveira.
Em 2024, Lô participou do espetáculo “As Cores do Clube da Esquina”, no Palácio das Artes, e anunciou o álbum “Tobogã”, lançado em agosto, com letras da poeta Manuela Costa e participação especial de Fernanda Takai.

Fonte: gente.ig.com.br

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