A apresentadora Isabele Benito criticou ao vivo, nesta terça-feira (24), o resgate das autoridades indonésias após a morte de Juliana Marins, brasileira de 26 anos que caiu em uma trilha no vulcão Rinjani, na Indonésia. A jornalista classificou como ” descaso ” a demora de quatro dias para o socorro, apesar de vídeos indicarem que a jovem ainda estava viva após o acidente.
O desabafo foi feito durante o SBT Rio . Em tom de indignação, Isabele comparou a atuação da equipe estrangeira com a de profissionais brasileiros.
“ Eu não posso ter certeza, mas vou dar minha opinião aqui: o Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro teria resgatado essa mulher, ou, pelo menos, tentado com corda já nos primeiros dias ”, afirmou.
Segundo relatos, Juliana sobreviveu à queda e foi vista com vida por um guia a cerca de 150 metros de distância. No entanto, os bombeiros da Agência Nacional de Busca e Salvamento da Indonésia(Basarnas) levaram dias para alcançá-la, dificultados por clima instável, terreno vulcânico e pouca visibilidade.
“ É um tamanho descaso o que fizeram com a Juliana. Independente se o resultado fosse ou não que ela fosse salva, as imagens de uma mulher se mexendo, calculando o seu corpo diante de uma areia vulcânica que se movia e derrapava ao prefácio… Não precisa ser perito pra saber disso ”, declarou a apresentadora.
Na segunda-feira (23), a operação de resgate chegou a avançar apenas 250 metros em um dia e, diante das condições climáticas, foi recuada novamente. Segundo Isabele, a situação se tornou insustentável: “ Como é que pode, desde sábado, essa família sofrer a tortura de ter imagens de um resgate que não aconteceu? ”.
Família confirma morte e agradece apoio recebido
A confirmação da morte de Juliana veio por meio de comunicado da família publicado nas redes sociais.
“ Hoje, a equipe de resgate conseguiu chegar até o local onde Juliana Marins estava. Com imensa tristeza, informamos que ela não resistiu ”, diz o texto.
Os familiares agradeceram pelas mensagens recebidas nos últimos dias. “ Seguimos muito gratos por todas as orações, mensagens de carinho e apoio que temos recebido ”, completou o comunicado, que vinha atualizando os seguidores sobre o caso desde o início das buscas.
Juliana era publicitária e natural de Niterói, no Rio de Janeiro. Estava em um mochilão pela Ásia desde fevereiro, com passagens por Vietnã, Tailândia e Filipinas. A jovem também compartilhava nas redes registros das viagens e praticava dança de pole dance.
Durante o programa, Isabele Benito ressaltou o sofrimento da família, que acompanhava os desdobramentos à distância. Segundo a apresentadora, a espera se transformou em tortura diante da falta de respostas rápidas e da possibilidade concreta de sobrevivência nos primeiros dias.
“ Um dia inteiro, e eles avançaram apenas 250 metros abaixo. Faltavam 350 metros para chegar na Juliana, e eles recuaram mais uma vez. Mais um dia ”, lembrou Isabele.
