Léo da Bodega apresenta nesta sexta-feira (26) o inédito single ZUNZUNZUM, faixa produzida pelos Los Brasileros — vencedores de um Grammy ao lado de Karol G e recentemente indicados ao Grammy Latino ao lado de Marina Sena e Carol Biazin —, que chega acompanhada de um clipe. O artista traz uma narrativa daquela paixão que todo mundo sabe que está rolando e comenta sobre, mas os envolvidos tentam viver no sigilo.
“O ‘ZunZunZum’ parte do princípio de ser uma expressão que geralmente se refere a fofoca, notícias e segredos. Tudo rola debaixo dos panos, mas todo mundo sabe. Então, trago ele para essa música indo além de um ad-lib: é, sim, uma brincadeira sonora, mas também é sobre aquela paixão em segredo, que a pessoa se enfeitiçou e ficaram aqueles comentários pelos cantos e debaixo dos panos”, conta Léo da Bodega.
Após a parceria com a banda de reggae Maneva em Beija-Flor, Léo da Bodega apresenta um visual gravado diretamente em um dos belos cenários de Olinda, ao lado da artista Scarpa, valorizando a atmosfera do município pernambucano. Os dois representam esse casal que vive um romance arrebatador, mas daquela forma proibida. A sonoridade traz inspiração em ritmos afrodiaspóricos, isto é, influenciado pela cultura de povos africanos.
“Gravamos lá no sítio histórico e na ilha Kisama, a ilha da amizade. Tivemos um contratempo no meio da gravação: o buggy em que estávamos encharcou, e tivemos que empurrá-lo para desatolar e seguir. A ideia é trazer um visual meio fantástico, de lembrança, de boas memórias de um amor”, revelou o cantor.
Leo da Bodega e uma carta de amor à Olinda
Unindo memória e inovação, o pós-Botija contará outras histórias de Pernambuco e traz novas perspectivas para a cena musical local. A cultura é um dos nortes mais fortes de Léo da Bodega, como em Som das Ladeiras. Nela, o artista trouxe todo o fervo e celebração do Carnaval de rua para o videoclipe e para a canção.
“Olinda tem uma cultura muito forte de bairro, de ir para as festividades com seu grupo, gritar as siglas atrás das orquestras. Ver o vaqueiro montado no cavalo circulando no meio do Carnaval. Tem o papangu, que é uma fantasia conhecida por ‘palhaço’, com uma máscara de tela pintada, carregando o mistério de quem se esconde na folia”, contou o músico.
Por fim, o cantor cita Alceu Valença e ressalta que a nova parte do disco terá inspirações na cultura local, dialogando com o panorama brasileiro. O projeto que expande seu primeiro álbum chega em breve.
“Ele misturou a psicodelia com frevo e maracatu nos anos 1970, uniu reggae e xote em ‘Morena Tropicana’, que virou hino do Carnaval de Olinda. Temos a Academia da Berlinda, que trouxe a cumbia em outro momento. A ciranda de Baracho e Lia. Botija de Luxo terá influências urbanas contemporâneas, como o trap, mas que irão dialogar com todos esses ritmos e referências que marcaram o cenário nacional”, finaliza o artista.
Confira o clipe: