A atriz Angelina Jolie voltou a falar de forma emocionante sobre a luta contra o medo do câncer, um fantasma que, segundo ela, ainda a acompanha mesmo após procedimentos médicos para reduzir os riscos da doença.
A revelação ocorreu no Festival Internacional de Cinema de Toronto, onde a atriz refletiu sobre o impacto da morte da mãe, Marcheline Bertrand, em sua vida.
Marcheline morreu em 2007, aos 56 anos, vítima de câncer de ovário e de mama. A perda levou Angelina a optar por cirurgias preventivas que ganharam repercussão mundial: uma histerectomia em 2010 e uma mastectomia dupla em 2013.
Apesar da decisão ter reduzido drasticamente suas chances de desenvolver a doença, a estrela de Hollywood reconheceu que o trauma “nunca desapareceu”.
Amparada pela diretora Alice Winocour e pelo ator Anyier Anei, Angelina compartilhou uma lembrança da mãe:
“Ela dizia que tudo o que as pessoas perguntavam era sobre o câncer. Isso mudou minha forma de enxergar como falar com alguém que está doente. A pessoa continua viva, inteira, e não deve ser definida só pela doença”, disse.
A coincidência entre vida e arte se reflete em seu novo trabalho. Em Couture, dirigido por Winocour, a atriz interpreta uma cineasta diagnosticada com câncer de mama, que enfrenta dilemas pessoais e profissionais.