O israelense Simon Leviev, conhecido mundialmente como o “Golpista do Tinder”, foi detido nesta segunda-feira (15) na cidade de Batumi, no sudoeste da Geórgia. A prisão ocorreu após um alerta vermelho da Interpol, segundo informações divulgadas pelo Ministério do Interior do país e confirmadas pela BBC.
Leviev, cujo nome verdadeiro é Shimon Yehuda Hayut, ganhou notoriedade global depois que o documentário “O Golpista do Tinder”, lançado pela Netflix em 2022, expôs uma série de golpes financeiros e fraudes românticas que teriam movimentado cerca de US$ 10 milhões, equivalentes a mais de R$ 53 milhões.
No documentário, mulheres relatam como foram atraídas pelo luxo e charme do israelense, que se apresentava como herdeiro de um império de diamantes, oferecendo viagens em jatos particulares, presentes caros e experiências sofisticadas antes de pedir empréstimos que nunca seriam devolvidos.
Leviev já enfrentou processos por fraudes anteriores. Em 2019, foi condenado em Israel por quatro acusações de fraude, recebendo pena de 15 meses de prisão, mas cumpriu apenas cinco meses. Ele também já teve passagens pela prisão na Finlândia entre 2015 e 2017 e foi detido na Grécia em 2019 com passaporte falso.
As autoridades georgianas ainda não detalharam os motivos específicos da nova prisão. Em declarações anteriores, Leviev negou veementemente todas as acusações relacionadas ao documentário.
O caso ganhou repercussão internacional após o lançamento do documentário, que se tornou um dos títulos mais assistidos da Netflix em 90 países. Além de revelar o esquema de golpes, o filme mostra como Leviev manipulava suas vítimas emocionalmente, criando uma ilusão de perigo iminente para obter grandes somas de dinheiro.
Após os relatos do documentário, o israelense foi banido de aplicativos de relacionamento e se tornou um símbolo mundial dos chamados “golpes românticos”.