quinta-feira, julho 17, 2025
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Filha de piloto rebate mãe de Marília Mendonça sobre seguro

Vitória Drumond Medeiros, filha de Geraldo Medeiros Júnior — piloto da aeronave que caiu e vitimou Marília Mendonça em 2021 — voltou a se pronunciar sobre a suposta divisão do seguro pago às famílias das vítimas. Em um relato emocionado, ela criticou o acordo que teria destinado metade do valor à família da cantora, defendendo que a partilha deveria ter sido igualitária, já que se tratava de um seguro por morte que envolvia cinco vidas.

Luto e medo

Vitória explicou que as outras famílias não se manifestaram antes por estarem imersas no luto e por receio de repercussões.

“Nós éramos a parte mais frágil. Em quem iam acreditar? Em anônimos ou na mãe da maior estrela do sertanejo?” , questionou.

Ela revelou que, apesar de considerar levar o caso à mídia, optou por evitar exposição para não agravar a situação.

Discrepância no acordo

De acordo com Ruth Mendonça, mãe de Marília, a divisão foi decidida pela Justiça.

“O advogado disse que o juiz entendeu que a maior parte deveria ser da Marília”, afirmou em entrevista ao “Fantástico”.

A seguradora MAPFRE, por sua vez, emitiu nota afirmando que o acordo foi homologado judicialmente e cumprido conforme critérios técnicos, sem detalhar valores.

Cedendo à pressão

Vitória admitiu que, inicialmente, foi a única a resistir ao acordo, mas acabou cedendo diante das circunstâncias.

“Estava empatando a vida de todos. Havia mães que precisavam sustentar filhos, crianças dependendo daquela verba “, justificou.

Apesar de considerar a divisão injusta, ela afirmou que o processo já está encerrado.

Confira abaixo o relato de Vitória, na íntegra

“Voltei para esclarecer algumas, penso que últimas, coisas. Muitos se perguntaram e me perguntaram por que nós não viemos a público antes, essas outras quatro famílias que ficaram de receber esse seguro. Bom, a resposta é: nós todos estávamos no período de luto, sabe? Cada família estava vivendo o seu luto, momentos muito delicados. Eu perdi o meu pai, pessoas perderam seu marido, o Leo [filho de Marília Mendonça] perdeu a mãe dele.

Cada um estava num momento muito profundo ali, a gente não estava pensando em dar entrevista, cada família não estava preocupada em chamar a mídia para falar de dinheiro. A gente só estava preocupado em continuar vivendo, viver o nosso período de luto, aprender a viver. Aconteceu muito isso na minha vida, deve ter acontecido na de todo mundo, reaprender a viver. A gente, realmente, não quis ir à mídia, estávamos num momento de luto. E, por outro lado, eu não sei se as outras famílias chegaram a pensar em ir para a mídia. Eu, como blogueira, pensei em um momento ir para mídia, mas pensei: ‘em que isso vai ajudar, não vai agregar em nada. E pode até atrapalhar, né? Pode até ser pior, mandar para Justiça mesmo ou causar uma onda de hate a mim (…) Eu pensei em ir para mídia, mas pensei: ‘isso não vai ajudar em nada e pode até piorar’.

O que eu, de fato, pensei foi entrar em contato com a parte da Marília Mendonça, mas a gente nunca teve acesso a ela, nunca cheguei a falar diretamente com ela, só falei com advogados e, como eu disse, com a família direto do Tarciso [Tarciso Pessoa Viana, copiloto do avião]. A gente não estava preocupado em fazer mídia, a gente só queria receber o que era justo, reaprender a viver ali, continuar vivendo, e aí pensou que isso poderia não ajudar em nada e pelo contrário, agravar o problema, agravar a situação.

 Outra coisa, isso ia continuar em segredo por mim, pelas outras famílias, até o ponto. Tipo, a injustiça foi feita, foi feito assim e eu não faço ideia de quem passou essa informação para o jornalista que veio primeiro com aquele vídeo falando tudo [Ricardo Feltrin, jornalista que divulgou que o seguro não teria sido pago de forma igualitária] Não faço ideia de como esse jornalista conseguiu essa informação, mas já que ele conseguiu essa informação, gostaria de esclarecer isso tudo, porque isso foi vivido por mim, na minha pele, pela minha família. E uma última coisa, queria falar sobre a divisão, né? Vocês não viveram tudo que vivi, foram meses de acordo e, por último, estava só eu contrária ao acordo. Fui acusada até de ser gananciosa, mas, pelo contrário, eu só queria o justo para todo mundo, porque para mim… Para mim, não. De acordo com o documento, é um seguro por morte. São cinco mortes, tem que ser igualitário. São cinco vidas, cinco vidas morreram, deveria ser igualitário, mas não foi assim e um último passo só eu estava ali contra o acordo.

Eu estava já empatando a vida de todo mundo, eu tive realmente que ceder, até para o meu bem, porque estava rolando muita coisa. Mas entendo que todo mundo, em algum momento, por essa pressão, por tudo que houve, aceitou [o suposto acordo]. Porque nós éramos a parte mais frágil da corda, né? Em quem vocês iam acreditar? Numa anônima ou na mãe da figura mais famosa de sertanejo do Brasil?

Então, acho que a gente também tinha medo. Em um ponto, só eu estava empacando e eu entendo que todo mundo queria receber. Queria não, necessitava receber esse dinheiro logo. Tinham várias crianças envolvidas, que precisavam ser providas, que precisavam ir para escola. Eu também precisei, mas eu não sustento ninguém, né, como mães que precisavam sustentar seus filhos.

E foi isso, gente. Esse é o motivo por qual eu não tinha vindo a público. Creio que esse é o motivo pelo qual as famílias também não vieram a público. E é também o porquê a gente não conseguiu ir até o final, que fosse igualitário. Todas as partes aceitaram, eu fiquei contra até o final, mas acabei cedendo. Foi isso, foi finalizado já, já foi entregue e espero que tenha esclarecido um pouco mais essa história para vocês”.

Fonte: gente.ig.com.br

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