sábado, julho 12, 2025
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Edu Guedes recebe alta após cirurgia de câncer

O apresentador Edu Guedes recebeu alta hospitalar nesta sexta-feira (11), dez dias antes do previsto, após passar por uma cirurgia para retirada de um tumor no pâncreas. A notícia foi compartilhada com alegria por sua companheira, Ana Hickmann, que preparou uma recepção especial para celebrar o retorno dele para casa.

Recuperação surpreendente

Internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, Edu Guedes foi submetido a um procedimento cirúrgico complexo no último sábado (5), após a descoberta de um câncer na cauda do pâncreas. Apesar da gravidade do caso, a equipe médica classificou sua recuperação como “extraordinária” , permitindo que ele deixasse o hospital antes do esperado.

Ana Hickmann não escondeu a felicidade ao anunciar a novidade nas redes sociais.

“Hoje é um dia muito especial para nossa família! Dr. Marcelo Bruno Rezende deu alta para o Edu Guedes 10 dias antes do previsto. Meu amor está de volta em casa! Que alegria!” , escreveu.

Receção carinhosa

Para marcar o momento, a apresentadora preparou uma refeição surpresa com pratos saudáveis, incluindo atum com gergelim e brócolis, além de uma mesa repleta de saladas e frutas vermelhas para a sobremesa. Familiares e amigos próximos participaram da celebração.

Preparei tudo com todo amor do mundo. Muita gratidão a Deus, aos médicos e a todos os profissionais que cuidaram do Edu com tanto carinho. A recuperação dele está sendo maravilhosa. Muito obrigada a todos que rezaram por ele. Está dando certo!”, afirmou Ana, emocionada.

Diagnóstico precoce e alerta

Edu Guedes descobriu o tumor de forma inesperada. Em abril, durante treinos para uma corrida em Interlagos, ele sentiu fortes dores nas costas e apresentou sangue na urina, sintomas que atribuiu a um cálculo renal, problema que já havia enfrentado antes. No entanto, em junho, durante um almoço com um amigo, as dores se intensificaram, levando-o a ser hospitalizado.

Exames revelaram um tumor no pâncreas, órgão conhecido por manifestar sintomas apenas em estágios avançados. 

“Tive sorte por descobrir cedo. O tumor estava na cauda do pâncreas, área menos crítica. Foram quatro cirurgias em 15 dias, mas saio vivo e grato”, relatou o apresentador em um vídeo publicado em seu canal no YouTube.

Mensagem de gratidão e conscientização

Durante sua recuperação, Edu Guedes destacou a importância de ouvir os sinais do corpo e valorizar a saúde. 

“Se essa mensagem puder ajudar alguém, já valeu a pena. Valorize a vida, o que você tem, o que você faz. E, se Deus mandar um sinal, escute”, aconselhou.

Características do câncer de pâncreas

Localizado atrás do estômago, o pâncreas desempenha funções vitais, como a produção de enzimas digestivas e hormônios reguladores da glicose. Com aproximadamente 15 cm, ele se divide em três regiões: cabeça (lado direito), corpo (centro) e cauda (lado esquerdo).

Segundo o especialista João Paulo Fogacci de Farias, oncologista da Oncoclínicas, o termo “câncer de pâncreas” abrange diferentes variações de tumores malignos.

“Embora seja usado de forma ampla, refere-se principalmente ao adenocarcinoma, que corresponde a 90% dos casos, originando-se na porção exócrina do órgão. Os outros 10% incluem tipos menos comuns, como tumores neuroendócrinos e pancreatoblastomas” , esclarece.

Possíveis causas

Entre os principais fatores que elevam o risco de desenvolvimento da doença estão o tabagismo, o consumo excessivo de álcool, a obesidade, predisposição genética, diabetes mellitus e pancreatite crônica.

“O excesso de peso, um problema cada vez mais presente na população, está associado a diversas complicações, incluindo esse tipo de tumor. No entanto, é um fator reversível – estudos indicam que uma redução de 10% no peso já traz benefícios significativos para a saúde” , destaca o médico, citando uma pesquisa da Universidade de São Paulo publicada no Journal of Endocrinological Investigation.

Estima-se que entre 5% e 10% dos casos tenham origem hereditária, muitas vezes ligados a síndromes genéticas específicas.

Sinais de alerta

Nos estágios iniciais, a doença geralmente não apresenta sintomas evidentes. Contudo, com o crescimento do tumor ou sua disseminação para outras áreas, alguns sinais podem surgir, como:

Fraqueza e perda de peso sem causa aparente
Dor abdominal ou nas costas
Icterícia (pele e olhos amarelados)
Náuseas e perda de apetite
Urina escura
Piora repentina de um diabetes preexistente
Trombose venosa profunda

Como é feito o diagnóstico?

O oncologista ressalta a importância da detecção precoce para aumentar as chances de sucesso no tratamento.

“Infelizmente, apenas 10% a 15% dos casos são identificados em fases iniciais, já que a doença costuma ser silenciosa no começo” , lamenta.

Apesar de ser mais frequente em pessoas acima dos 60 anos, o número de diagnósticos tem crescido progressivamente com o avanço da idade. Dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca) projetam cerca de 10.980 novos casos anuais entre 2023 e 2025, distribuídos em 5.690 mulheres e 5.290 homens.

O processo inclui avaliação clínica, exames de sangue, métodos de imagem (como tomografia e ressonância magnética) e, em alguns casos, biópsia para confirmação.

Abordagens terapêuticas e cuidados preventivos

Em estágios iniciais, a combinação de cirurgia e quimioterapia é a mais indicada.

“Atualmente, há uma tendência de iniciar com quimioterapia para reduzir o tumor antes da operação, melhorando os resultados” , explica Fogacci.

No entanto, a maioria dos diagnósticos ocorre em fases avançadas, limitando as opções terapêuticas. Nesses casos, o foco é no alívio dos sintomas e na qualidade de vida do paciente.

Como medidas preventivas, recomenda-se:

Evitar o consumo de tabaco e álcool
Manter uma alimentação balanceada, rica em fibras e vegetais
Praticar exercícios físicos regularmente
Controlar o peso e monitorar condições como diabetes
Perspectivas Futuras

Apesar dos desafios, os avanços na medicina trazem esperança.

Nos últimos anos, houve progressos significativos no entendimento molecular da doença, permitindo terapias mais personalizadas. Acredita-se que, em breve, novos tratamentos possam reduzir a letalidade desse tipo de câncer “, finaliza o especialista.

Fonte: gente.ig.com.br

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