O cantor de forró Gutto Xibatada, de 39 anos, morreu na última terça-feira (22), em Belém, vítima de complicações causadas por monkeypox (Mpox). A Prefeitura de Belém confirmou a informação na sexta-feira (25). O artista estava internado no Hospital Pronto Socorro Municipal Mário Pinotti e enfrentava a doença havia cerca de um mês.
A confirmação da causa da morte foi divulgada pela Secretaria Municipal de Saúde de Belém (Sesma). Segundo o órgão, o cantor recebeu atendimento médico inicial e foi encaminhado para um leito de isolamento, mas não resistiu, mesmo com a adoção de medidas clínicas.
De acordo com familiares, Gutto começou a apresentar sintomas após viagens ao Rio de Janeiro e à Bahia. Ao retornar para Belém, buscou assistência médica, foi medicado e orientado a seguir isolamento domiciliar. Ainda assim, o quadro clínico piorou rapidamente.
A irmã do cantor relatou nas redes sociais que Gutto “estava escondendo de todos” e que as bolhas da doença “acabaram se espalhando e comprometendo a saúde”. Ela também explicou que o cantor, asmático, teve os pulmões atingidos e perdeu a fala, visão e sensibilidade.
Gutto foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e deu entrada no hospital às 9h30 do dia 22. O cantor foi encaminhado ao Centro de Tratamento Intensivo (CTI) e morreu no mesmo dia, por volta das 17h, segundo a família.
Parentes afirmaram que o cantor não teria recebido monitoramento adequado devido às lesões causadas pela monkeypox. Eles também questionaram a quantidade de profissionais disponíveis para acompanhar o caso no hospital.
A Sesma informou que as causas exatas da morte ainda estão sob investigação pela Vigilância Epidemiológica de Belém. A secretaria também monitorou todas as pessoas que tiveram contato com o artista, mas nenhum caso suspeito foi identificado.