domingo, fevereiro 23, 2025
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Último dia do Encontro de Gestores da Cultura traz discussões sobre patrimônio e empreendedorismo

O Encontro Estadual de Gestores de Cultura de Mato Grosso do Sul chega ao seu último dia na manhã desta sexta-feira (7). O evento, que ocorre no Teatro Aracy Balabanian do Centro Cultural José Octávio Guizzo, em Campo Grande, tem como objetivo apresentar as principais diretrizes da cultura para o ano de 2025, promovendo a troca de experiências entre os gestores municipais da cultura.

A primeira palestrante do dia, Melly Sena, gerente de Patrimônio Histórico e Cultural da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, apresentou a Diretoria de Memória e Patrimônio Cultural, as unidades e quais são as ações desenvolvidas internamente e como é feito este link com os municípios. “É fundamental os gestores de cultura dos municípios conhecerem a diretoria porque o nosso trabalho, o que existe são os municípios. O estado faz um trabalho mais administrativo, mas quem está em contato in loco são os municípios. Eles precisam conhecer essas legislações, essas áreas que envolvem os municípios para poder aplicar com segurança junto aos seus municípios”.

João Santos, superintendente do Iphan, falou sobre a missão institucional do Iphan, o órgão federal responsável pela promoção e promoção do patrimônio cultural e apresentou o Sistema Nacional do Patrimônio Cultural, uma rede de colaboradores entre entes públicos e entes privados, a sociedade civil organizada em prol da preservação do patrimônio cultural, seja por meio de ações, projetos, financiamentos, estruturas administrativas, cooperações, apresentou uma nova possibilidade de gestão do patrimônio cultural principalmente o patrimônio cultural edificado, que são o que as prefeituras municipais têm maior dificuldade. João trabalhou também com a parte de legislação. “Poucos municípios aqui em Mato Grosso do Sul têm uma legislação específica em defesa do patrimônio cultural edificado e do patrimônio imaterial. A gente tem uma minuta de lei que foi construída a várias mãos e referendada pela nossa procuradoria federal, legalmente ela está apta para ser apresentada na câmara de vereadores, votada e sancionada pelo prefeito municipal de qualquer uma das nossas prefeituras. É importante falar sobre isso porque a gente começa a ter mais aliados. A luta pela preservação do patrimônio cultural às vezes a gente fica um pouco sozinho, então a gente ter a Fundação de Cultura como grande aliada na preservação e ter a possibilidade de ter contato com os municípios, estreitar laços e acima de tudo demonstrar para os municípios que eles têm um órgão federal vinculado ao Ministério da Cultura que pode auxiliá-los no dia-a-dia da gestão do patrimônio cultural. A gente pede que os municípios somem com a gente nesta luta”.

Tiago Botelho, superintendente do Patrimônio da União, apresentou os imóveis do governo federal que estão disponíveis em Mato Grosso do Sul para o governo do estado, para os governos municipais. “A gente tem uma política que chama Imóvel da Gente, que o presidente Lula cria com o objetivo de aproximar o governo federal do município e do estado para que a gente possa dar uma melhor destinação e administração a esses imóveis. Dentro dessa política Imóvel da Gente tem uma linha que é destinar imóveis para potencializar a cultura do menor município de Mato Grosso do Sul ao maior, porque a gente entende que se os secretários ou gerentes de cultura tiverem o imóvel eles conseguem iniciar esse projeto de protagonismo da cultura em seus municípios. Eu vou apresentar esses imóveis, dizer como eles podem pedir, os secretários e gerentes podem solicitar esses imóveis ao governo federal gratuitamente para que possam ser incorporados no patrimônio do município ou do governo do estado e potencializar a cultura na ponta. A SPU durante muito tempo foi um órgão que as pessoas não sabiam da sua existência, então a gente tem um terreno abandonado em Porto Murtinho, sendo que esse terreno podia ser um teatro, um espaço de cultura, uma escola de cultura”.

Lelo Marchi, diretor de Cultura de Bonito, palestrou sobre municipalismo. “A gente começou esse diálogo com os gestores o ano passado, e a gente esperou para este ano a gente dar o start. Do municipalismo a nossa ideia é criar um fórum estadual de gestores municipais de cultura para aproximar e otimizar o diálogo com a Fundação de Cultura, com o Conselho e, obviamente, com a nossa população. Nessa troca de ideias que a gente tem por aqui, que eu acho maravilhosa, a gente tem muitas dificuldades em comum, e a gente pode um ajudar o outro nos aproximando e dialogando mais uns com os outros e fazer isso de forma mais organizada, através do fórum, viabiliza esse diálogo e organização entre nós e entre nós e o estado”.

Última palestrante do evento, Isabella Montello, gerente de Competitividade e Inovação do Sebrae-MS, trouxe para os gestores presentes a pauta do empreendedorismo. “É um trabalho que o Sebrae faz, em todo o Brasil, de levar o empreendedorismo para os diversos setores da economia e a cultura também. Então a gente vai conversar um pouco sobre economia criativa, economias portadoras de futuro, e como fazer essa mobilização para que o pessoal do setor cultural se engaje dentro do empreendedorismo cultural de forma que a gente possa ter negócios que gerem renda para essas pessoas, que gere trabalho, um faturamento, para que essas pessoas que estão no setor cultural possam ter um olhar diferente de negócios para os seus trabalhos e empreendimentos. Dentro do setor público a gente consegue fazer várias articulações, várias mobilizações, é importantíssimo ter esses gestores como nossos parceiros nesse trabalho, para que a gente consiga mobilizar essas pessoas, os que estão lá na ponta, que eles reconheçam essas pessoas com potencial empreendedor, com potencial de geração de negócios, e nós possamos fazer um trabalho com eles, atendendo, para que eles se tornem de fato negócios bem geridos, bem tocados, bem conduzidos”.

Texto: Karina Lima

Fotos: Ricardo Gomes

Fonte: www.fundacaodecultura.ms.gov.br

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