quarta-feira, janeiro 8, 2025
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Janeiro tem muitas opções culturais no Memorial da Cultura e no Centro Cultural

O mês de janeiro costuma ser de férias, e neste período, as pessoas geralmente procuram opções de lazer e entretenimento para passar o tempo. No Memorial da Cultura e da Cidadania Apolônio de Carvalho e no Centro Cultural José Octávio Guizzo as pessoas podem encontrar muitas opções culturais para visitação. Confira abaixo!

A Biblioteca Pública Estadual Dr. Isaias Paim, que fica no andar térreo do Memorial, está aberta à visitação para quem deseja passar uns momentos num ambiente tranquilo e silencioso pesquisando, lendo ou até mesmo para quem deseja fazer um empréstimo de livros para ler em casa. E o projeto Troca Book continua a todo vapor. O projeto, que é uma oportunidade de trocar um livro por outro e manter vivo o hábito da leitura, tem recebido em média quatro a cinco participantes por dia, mais ou menos 40 a 50 pessoas por mês.

Para o coordenador da Biblioteca, Aparecido Melchíades, este número é bem significativo. “A ideia surgiu a partir de uma doação que nós recebemos do pessoal da UCDB que doou quase 300 livros para nós aqui. Foi uma doação muito boa, com livros muito bons, só que tinha alguns livros que nós já tínhamos, aí surgiu a ideia, por que não colocar esse livro à disposição da população. E aí surgiu a ideia e a gente desenvolveu e colocou em prática. Os livros doados para o projeto ficam para novas trocas, a não ser que seja um livro raro, que a gente não tenha, aí a gente recolhe ele para a Biblioteca e põe outro no lugar para dar continuidade ao projeto”.

Segundo Aparecido, a ideia é de dar mais abertura para a Biblioteca e um pouco dessacralizar a questão da leitura, do livro em si. “É para as pessoas terem mais liberdade para pegar o livro sem burocracia nenhuma, eles vêm aqui, trocam o livro e acabou. Às vezes a gente não fica nem sabendo qual livro que levou, qual livro que trouxe. É claro, eu vou ver na estante, mas se a pessoa quiser se identificar, se identifica; se não quiser, não tem problema também. A ideia é deixar isso mais aberto, quanto menos burocrático, melhor, para a pessoa ter realmente liberdade de pegar o livro que ela quiser, na hora que ela quiser”.

O Museu de Arqueologia da UFMS, que fica no primeiro andar do Memorial, estará com uma programação de férias de 27 a 31 de janeiro. Trata-se do projeto “Férias em Família no MuArq 2025”, com o tema “Ecomuseu e Aventuras Sustentáveis”. A iniciativa busca envolver famílias e crianças na reflexão sobre a importância da preservação ambiental e no desenvolvimento de práticas sustentáveis. Para isso, o museu explora a relação entre o ser humano e o meio ambiente sob a perspectiva arqueológica. Este projeto será realizado pelo Museu de Arqueologia da UFMS e a Sala Verde UFMS.

O público-alvo são crianças de 6 a 12 anos, acompanhadas por um responsável. O período é de 27 a 31 de janeiro, das 14 às 16 horas. As inscrições podem ser feitas de 22 a 24 de janeiro, pelo telefone (67) 3321-5751. Serão oferecidas dez vagas por dia.

O Arquivo Público Estadual, que fica no segundo andar do Memorial, está em cartaz com a temporada expográfica “Os Celeiros de Farturas”, sobre o processo de construção dos símbolos estaduais de Mato Grosso do Sul. A exposição está sendo realizada em comemoração à criação do Estado de Mato Grosso do Sul.

No dia 11 de outubro de 1977 foi assinada a Lei Complementar nº 31/1977 que criou o Estado de Mato Grosso do Sul, a partir da “Divisão” ou “desmembramento” das áreas antes pertencentes ao estado de Mato Grosso. O estado de Mato Grosso do Sul foi oficialmente instalado no dia 1º de janeiro de 1979, sendo que neste período entre a criação e a instalação de fato, Mato Grosso do Sul ainda era parte do Mato Grosso, marcando essa transição por ações que eram organizadas a partir de Campo Grande – então futura capital de MS – entre as ações, as articulações e organização do futuro governo, bem como, a escolha de seus símbolos – o brasão de armas, a bandeira e o hino do novo estado.

Esta temporada expositiva pretende justamente focar justamente nesta escolha, a qual passou por um concurso que escolheu o brasão de armas e a bandeira, bem como da construção do hino estadual de Mato Grosso do Sul. O objetivo é também contar a história do processo de construção dos símbolos (bandeira, brasão e hino) do Estado de Mato Grosso do Sul, por meio de exposição de documentos originais, cartas, rascunhos, documentário, a primeira bandeira e textos explicativos.

A exposição “Os Celeiros de Farturas” vai ficar aberta ao público até 15 de janeiro de 2025. Telefones para contato: (67) 3316-9167 ou (67) 3316-9139. E-mail: [email protected]

O Museu da Imagem e do Som (MIS-MS) fica no terceiro andar do Memorial da Cultura e da Cidadania e oferece para visitação ao público a exposição “O Tempo Quando Olho”, da artista Sara Welter (SYUNOI).

A mostra explora os diversos olhares sobre o conceito de tempo, desde o desgaste que ele impõe até a forma como as incertezas e acasos moldam nossas experiências cotidianas. A artista propõe um diálogo profundo entre o presente, o passado e o futuro, oferecendo uma oportunidade de reflexão sobre as marcas e os rastros que o tempo imprime em nossas vidas.

A proposta curatorial revela a multiplicidade do tempo através de uma narrativa estética que transita do figurativo ao abstrato, utilizando técnicas como desenho, ilustração, pintura e instalação. O ponto de tensão principal da exposição é o papel do desenho como ferramenta de registro e reflexão, transformando o papel em um espaço onde memória e incerteza se cruzam.

Essa exposição é um convite ao espectador para revisitar memórias, confrontar dúvidas e refletir sobre como o tempo molda nossa identidade e o mundo ao nosso redor. Inspirada por pensamentos como o de Clarice Lispector, que escreveu “Tão lentos somos no avançar que só a impaciência do desejo nos deu a ilusão de que o tempo de uma vida é bastante” a artista constrói um espaço onde o tempo não é apenas medido, mas também sentido e questionado.

A exposição fica em cartaz até o dia 16 de janeiro. O horário para visitação é de segunda a sábado, das 7h30 às 17h30. O telefone para contato é (67) 3316-9178.

O Centro Cultural José Octávio Guizzo está em cartaz com o projeto Arte nas Estações, idealizado pelo colecionador e gestor cultural carioca Fabio Szwarcwald, que traz a exposição A ferro e fogo, que encerra a itinerância do projeto em Campo Grande. O Arte nas Estações foi viabilizado através da Lei Federal de Incentivo à Cultura, com patrocínio master da Energisa.

“Chegamos à última exposição em Campo Grande, exibindo um total de 262 obras de 27 artistas que retratam uma imensa gama de temáticas. A pluralidade da produção pictórica apresentada é capaz de afetar todo tipo de espectador. Com isso, o Arte nas Estações impulsiona a formação de novos públicos”, celebra Fabio. “Outro ponto a ser destacado são as tecnologias de relação e de participação desenvolvidas ao longo do projeto, fomentando a construção de novos saberes e reafirmando a expressão das identidades regionais por onde passa o Arte nas Estações. Tem sido emocionante ver as comunidades locais integrarem as suas práticas e interesses ao corpo das exposições.”

Do ambiente imersivo, sai o azul e entra o amarelo. Nas paredes, entre imagens do cotidiano no campo ou na cidade, há cenas que retratam o embarque de escravos em navios negreiros, o combate e a morte de Zumbi dos Palmares, o enterro de Chico Mendes, denúncias de queimadas e desmatamento, e o exército nas ruas durante a ditadura militar. Um grande sucesso da dupla Zezé di Camargo e Luciano, canção do imaginário popular que marca a passagem do século 20 ao 21, intitula a exposição: “A música A ferro e fogo, um fenômeno da cultura de massa, narra as mazelas que assolam a vida de um indivíduo. Da vida dura, no campo social, à vontade de ter o ser amado, na esfera pessoal”, observa Carrilho.

“Nesta exposição, que reúne 113 obras, podemos ver juntos como as paisagens, as geografias e as representações de natureza são marcadas não apenas pela riqueza natural, mas também pela ação do humano, tornando cada vez mais complexas as ideias de natureza e cultura. Neste sentido, percebemos um país marcado pela força de seus cenários ricos em flora e fauna, mas também pelo esforço de trabalhadoras e trabalhadores em construir um país mais justo em oportunidades. As obras de arte produzidas por artistas autodidatas, que não tiveram acesso ao ensino formal em arte, muito embora tenham sido produzidas no passado, buscam dar densidade ao intenso agora”, afirma Carrilho.

A equipe do educativo do Arte nas Estações desenvolveu uma programação especial para as férias. Durante todo o mês de janeiro, de terça-feira a sábado, sempre das 14h às 17h, serão oferecidas oficinas com atividades lúdicas e sensoriais, direcionadas a crianças a partir de 5 anos de idade (acompanhadas pelos responsáveis), jovens e adultos. A programação completa, integralmente gratuita, já está disponível no site. www.artenasestacoes.com.br

Horários de visitação: Terça a sábado, das 9h às 18h (quinta, horário estendido até às 20h). A exposição fica em cartaz até 19 de fevereiro. Entrada gratuita; Classificação livre. O Centro Cultural José Octávio Guizzo fica na Rua 26 de agosto, 453 – Centro. Tel: (67) 3317-1795.

Texto: Karina Lima

Fonte: www.fundacaodecultura.ms.gov.br

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